Ígor Borges
Uma mulher de 58 anos foi abusada sexualmente por um cuidador de idosos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nesta quarta-feira, 21. Familiares da vítima, que estava internada com uma fratura na perna, detalham o caso.
O homem de 52 anos, suspeito do crime, teria se aproximado da mulher, que estava em um leito de enfermaria de uso coletivo, e passado a mão em sua genitália e seios. Ele foi conduzido por suspeita de estupro pela Polícia Militar (PM).
A UPA também se posicionou sobre o caso e disse que vai tomar medidas para evitar que situações parecidas ocorram novamente.
Polícia Militar
Ao Agora, a Polícia Militar explicou que o suspeito foi preso por estupro, uma vez que apalpar genitália e partes íntimas da vítima sem o seu consentimento, configuram neste crime. Isso também consta no Boletim de Ocorrência.
Ainda de acordo com a PM, a vítima relatou aos militares e enfermeira que ela se encontrava no quarto, quando o acompanhante de um idoso, também internado na UPA, chegou e passou a mão nas partes íntimas dela durante o tempo que ele ficou no quarto.
Familiares
Familiares da mulher vítima também deram detalhes da ocorrência.
— Ele começou a conversar com ela, perguntando se ela tinha fraturado a perna, aí ela explicou pra ele que tinha sido tornozelo. Ele levantou o lençol dela para olhar a fratura dela e chegou a perguntar, porque você tá de short? Aí, como se estivesse ajeitando o lençol para ela, passou a mão na vagina e nos peitos dela — comenta uma das familiares.
Ela ainda teria tentado impedir que o homem continuasse com o ato, lhe dando um tapa na mão e o empurrou, na tentativa de afastá-lo.
— Para com isso! Você está louco?” — disse a vítima.
O homem disse à PM que teria feito uma massagem na barriga da mulher para ajudá-la.
Após o ocorrido, a vítima ligou para sua filha e contou a situação. Uma enfermeira da unidade, então, acionou a Polícia Militar. Aos militares, a enfermeira ainda informou que a mulher não fez uso de nenhum medicamento que altere a consciência ou os sentidos.
Unidade
Segundo nota do Cis-Urg Oeste, consórcio administrador da UPA, o caso ocorreu quando um homem, acompanhante de um idoso, se dispôs a ajudar a mulher.
— Passados alguns minutos ela se sentiu incomodada por algumas atitudes do homem, dentre elas por ter lhe tocado o corpo sem seu consentimento. Chamou a técnica de enfermagem e relatou que foi assediada. Diante da situação, a Polícia Militar foi chamada à unidade e os militares, ao consultarem a ficha criminal do acompanhante contratado pelo familiar do idoso, descobriram que ele tinha passagens policiais por várias situações e o conduziram à delegacia — comunicou a administração da UPA.
Em nota, a gestão da unidade lamentou o ocorrido e garantiu prestar apoio psicológico à paciente.
— (…) e, ao tempo, adotará medidas para coibir incidentes como esse. Reforça ainda a orientação aos familiares que forem contratar acompanhantes para verificarem cautelosamente de quem se trata, para que situações como essa não ocorram na Unidade — ressaltou.