Não há outra palavra para nomear a quantidade de incêndios registrados neste fim de semana no Brasil. Literalmente em chamas, os diversos pontos espalhados pelo país, levaram pânico, muita gente a atendimento médico e causaram prejuízos incalculáveis. Não é possível que tudo ocorra ao mesmo tempo em lugares diferentes. Até o momento, uma pessoa foi presa, confessou o crime e disse que foi a mando de alguém. Que tem muita gente envolvida, é fato. E não surpreenderá se a política for a causa. Em ano eleitoral e com tantos viúvos de cargos que ainda não digeriram a derrota, basta procurar direito. E com certeza, se chegará a alguém responsável, visto que a Polícia Federal (PF), já começou a agir. E que não demore, pois não se pode colocar na conta da população mais um sofrimento por causa de vinganças que visam apenas os próprios interesses.
‘Dia do fogo’
Foi o dito em uma reunião de emergência ainda no domingo em Brasília. Conforme a cúpula do governo federal, há “fortes suspeitas” de que a onda de incêndios florestais em várias partes do país tenha sido intencional. E que pode estar acontecendo um novo “dia do fogo”, em referência a queimadas ilegais promovidas por fazendeiros no Pará em agosto de 2019. Presente no encontro, a PF afirmou que a corporação já instaurou 31 inquéritos para investigar as queimadas, sendo 29 na Amazônia e no Pantanal. Somente depois da conclusão das investigações é que se saberá o que está por trás dessas ações. Não pode, é demorar, afinal, a ventania de agosto, o tempo seco, umidade baixa e o desejo do caos de alguns, não esperam.
Do mesmo jeito
Situação que não foi muito diferente em Divinópolis. Quem optou em ficar na cidade nos dois dias de folga sofreu com o fogo, a fumaça e a fuligem em vários pontos por diversos bairros. Em alguns deles, parece ser da mesma pessoa, a origem. No Alto São Vicente, por exemplo, próximo a Igreja de Santo Expedito, foi possível visualizar no sábado e domingo, uma fumaça densa, resultado do fogo, que, na semana passada, já havia consumido boa parte de um terreno no local. Não é possível, que o fulano não tenha o mínimo conhecimento sobre o que está fazendo e não pense um pouquinho no próximo. É preciso que as autoridades responsáveis da área dêem uma passadinha por lá e outros locais onde a situação se repete diariamente. A sensação que se tem é que nada está sendo feito; e já que não dá para modificar o clima, período propício para isso, é preciso mudar a conduta das pessoas, seja com orientação ou punição. Ninguém aguenta mais.
Em chamas
De 1º a 23 de agosto, foram registrados via satélite 1.520 focos de incêndio em Minas Gerais. Além da Amazônia e do Pantanal, o Estado agora também figura entre as áreas mais afetadas, com incêndios devastando os biomas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais atendeu 3.470 ocorrências em vegetação apenas neste mês. Já foram registrados neste ano, 17.595 chamados, superando o total de 2023. As chamas atingem áreas municipais, estaduais e até parques nacionais, como a Serra do Cipó, que teve quase 10.000 hectares consumidos na semana passada. Situação gravíssima que precisa ser enfrentada e combatida por todos.
Deu a louca
Não só em muita gente, em especial as que estão envolvidas no processo político deste ano, mas no tempo. E isso vem sendo registrado nos últimos anos, ficando em evidência no ano passado, quando foram registradas as maiores temperaturas mundo afora. 2024, não iniciou diferente. Começou com um ‘sol para cada um’, com os termômetros nas alturas até julho, quando apenas refrescou, e o frio esperado não chegou. Aconteceu neste mês, na segunda semana, mas coisa de três dias apenas. Agora, quando agosto já caminha para o fim, mais de 370 cidades de Minas Gerais estão em alerta de perigo potencial para queda de temperatura, mais uma vez. O alerta divulgado no domingo é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Isso significa que o Estado tem, ao mesmo tempo, alertas de calor, baixa umidade, queda de temperatura e chuvas intensas. Mudanças drásticas que podem causar sérios riscos à saúde e era válida até a noite de ontem, mas pode prolongar semana a dentro e para a próxima. Do jeito que as coisas andam, não dá para se prever e entender mais nada.
