Para se ter sucesso na vida é preciso antes de mais nada, saber o que se quer, isso é fato. Afinal, quando não se sabe para onde vai qualquer caminho serve. E, na maioria das vezes, esse “caminho qualquer” pode levar a lugares obscuros e indesejáveis. Faltam exatos 38 dias para os eleitores irem às urnas e escolherem os seus representantes para na Câmara e na Prefeitura. Apesar de ainda parecer distante, o fato é que vai passar em um piscar de olhos, e esses 38 dias devem ser aproveitados ao máximo pelo eleitorado para que boas escolhas sejam feitas, para depois não chorar pelo leite derramado. Sem meias palavras, é primordial que antes de fazer qualquer escolha os eleitores saibam o que querem. Pois, de nada adianta escolher porque acha legal, porque fulano merece, ou o pior, porque deu isso ou aquilo, quando a cidade precisa mesmo é de gente competente e que saiba o que é representar um povo. Saber o que se quer, e o que se espera talvez seja o ponto de partida para a tal mudança tão sonhada, e tão falada pelo povo nos quatro cantos da cidade. Não tem sentido essa tal mudança, mas permanecer no mesmo lugar, com os mesmos pensamentos e posturas. Isso é apenas andar em círculos. É apenas jogar voto fora.
O cenário na cidade está mais do que formado e todo dia o eleitorado tem um banquete para se deliciar, e analisar com calma o que quer, o que espera, mas, claro, dentro do real, dentro do possível. Se conseguir se despir das paixões, e da ganância, os eleitores estão com a “faca e o queijo” na mão. Não é preciso ser especialista político. Basta saber o que se quer, e começar pelo básico: eu quero uma saúde pública melhor. O meu candidato – tanto do Executivo, quanto do Legislativo – conhece os mecanismos, as políticas, e os caminhos necessários para que isso se torne realidade? O que eu quero é possível de se tornar realidade? Se a resposta for sim. Se o seu candidato não está vendendo “terreno na lua”, se não está fazendo promessas de que depois que ele for eleito, Divinópolis vai se tornar o Jardim do Éden, então pode ser que você esteja no caminho certo da sua escolha. Agora, se a postura permanecer a mesma adotada desde 1989, quando os governantes eram escolhidos por meio da compra de votos, e de argumentos rasos, aí a cidade estará fadada a trilhar o “qualquer caminho serve”, e mais uma vez milhares de votos serão literalmente jogados no lixo.
Entre as milhares de contas que o Brasil tem e não fecha, algumas se tornam insustentáveis no período eleitoral, e talvez a principal delas seja: não tem como querer mudança mantendo o mesmo comportamento, e sem saber o que se quer. Não tem como exigir determinadas posturas dos governantes, quando a escolha deles passa por atos de corrupção, como por exemplo, a venda ou troca de votos por isso ou aquilo. Os próximos 38 dias serão de suma importância para que o eleitorado reflita sobre o que quer, aprenda a lidar com o possível e o real, mas principalmente, sobre o que os candidatos estão oferecendo. Ainda há tempo para refletir e pegar qualquer caminho. Não existe mudança sem ação.
