Divinópolis tem, sim, do que se orgulhar, quando se fala em nome de filhos da boa terra que brilham em Minas, no país, quiçá, mundo afora. Seja na arte ou à frente de cargos de grande representatividade. São muitos os exemplos, como GTO que nasceu em Itapecerica, mas foi na “Cidade do Divino”, que se deslanchou com um trabalho artístico magnífico. Adélia Prado, a mais importante poeta brasileira viva, a família Lara e Mourão com a música autoral, e por aí vai. Na competência executiva, seja ela nos governos ou em estatais, como não se lembrar de Rinaldo Soares, por anos presidente da Usiminas, Humberto Freitas, fundou a VLI e brilhou no comando da Vale. Mila Corrêa da Costa, atualmente secretária adjunta no governo de Minas. Pois bem. Agora chegou a vez de mais um nascido aqui, mas que mora no Rio de Janeiro, onde deslanchou a sua carreira, assumir um importante comando: Gustavo Pimenta, que antes atuava no setor financeiro da maior produtora de minério do Brasil, a Vale. Ele é filho de Luciano Pimenta, conhecido como Pano, que foi secretário de Obras do Fábio Notini, e que infelizmente morreu muito jovem. E olha que são apenas alguns nomes. É ou não é motivo para se orgulhar?
Unanimidade
O divinopolitano foi eleito pelo conselho de administração da mineradora. Atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta foi eleito por unanimidade. Ele assumirá a vaga de Eduardo Bartolomeo, que está no comando desde março de 2019, e seguirá até 31 de dezembro deste ano, como prevê o cronograma de sucessão da estatal. Gustavo assume no início do próximo ano. Alguém duvida que será um sucesso?
Berço
Minas Gerais é o berço da Vale. O estado é responsável por mais da metade da produção de minério de ferro com 20 minas em operação. Em terras mineiras, passa a Estrada de Ferro Vitória a Minas, com 905 km de extensão e mais de 60 mil hectares de áreas no quadrilátero ferrífero. Mas, é referência no país e no mundo. É com esse peso que Pimenta, um executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, com mais de 20 anos de carreira, tendo atuado no Brasil, Estados Unidos e Europa, vai ter a responsabilidade de gerir. Se depender do seu currículo, com certeza, Divinópolis terá motivos suficientes para reverenciar.
Uma por minuto
É o que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem recebendo em relação a propagandas eleitorais irregulares. O órgão recebeu nos últimos dez dias mais de de 14 mil relatos de candidatos desobedecendo as regras. O número chegou a 14.220 até a noite desta segunda-feira e equivale a praticamente uma média de uma denúncia por minuto. É muita coisa. Principalmente, pelo fato de os postulantes conhecerem as regras do período. Mas, em um país, onde os criminosos em situações muito piores têm a certeza da impunidade, imagine em se tratando de política!
Segundo lugar
E Minas Gerais mais uma vez saiu “mal na fita”. Só perde para São Paulo na quantidade de denúncias: 2.838. Os mineiros vêm logo depois com Minas Gerais 1.571. Rio de Janeiro, que é tido como o “patinho feio” nas diversas modalidades criminosas, nem aparece entre os primeiros colocados. O período em que é autorizada a propaganda eleitoral começou no último dia 16 de agosto e prevê diversas permissões. Porém, sempre tem aqueles que insistem em infringir as leis.
É proibido
Entre as irregularidades cometidas estão: utilização de bens de uso comum ou aqueles que dependem de cessão ou permissão do poder público; pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, faixas e bonecos em postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, paradas de ônibus, cinemas, centros comerciais, centros, entre outros. A maior parte das denúncias envolve postulantes ao cargo de vereador. A hora que pegar um de jeito e impugnar a candidatura, quem sabe serve de exemplo para os demais.
