Da Redação
A artista plástica Ge Guevara terá uma exposição na Biblioteca Municipal Ataliba Lago, em Divinópolis. A abertura será na próxima sexta-feira, 6, às 19h30, segue disponível para visitação até o dia 27. As obras da artista retratam cenas do cotidiano, no estilo de Arte Naïf, e focam o tema da exposição, “Resistência”.
— É o que venho manifestando em minhas obras desde que comecei a pintar, na pandemia, frente ao contexto social, político, econômico e cultural — destaca Ge Guevara.
Com um acervo particular de 120 obras, Ge Guevara enfrentou o desafio de selecionar apenas 40 para essa exposição.
— Não foi fácil, mas optamos por temas e cronologia, como política, questões sociais, família, memória, natureza e cultura popular — detalha.
Espaço público e afetivo
Nascida em Belo Horizonte, mas residente em Divinópolis há mais de 25 anos, Ge Guevara já participou de mais de 20 exposições ao longo de sua carreira artística, incluindo eventos de destaque no Rio de Janeiro, São Paulo e na Feira Nacional de Artesanato no ExpoMinas. Ela também, por cinco vezes, já teve obras selecionadas para o Festival Internacional de Arte Naïf, em Guarabira (PB). No entanto, ter suas criações nos corredores da Biblioteca Municipal de Divinópolis carrega um significado especial para a artista, representando uma conexão profunda com a cidade que ela chama de lar.
— Expor minha arte na cidade onde moro há mais de 25 anos é sentir partícipe da construção histórica, artística e cultural da cidade. Além disso, a Biblioteca Pública de Divinópolis fez parte da história de minha família porque eu levava meus filhos constantemente lá quando crianças para ler ou pegar livros. Meu marido também gostava de ler jornais. Então, a gente se sentia em um ambiente acolhedor, conectados com os funcionários e usuários. Portanto, expor minhas obras na biblioteca é socializar minhas vivências e contribuir com o incentivo à arte e à cultura de nossa Divinópolis, é tornar minha arte também mais acessível — reflete a artista.
Criação coletiva
Para garantir que a exposição seja realizada com sucesso, Ge Guevara reuniu um time de peso, que cuida de cada detalhe com muita dedicação e talento.
— Eu penso que minha arte não pertence só a mim. Entendo-a como uma manifestação coletiva porque, ao criar uma obra, não estou captando só meu mundo, mas as vivências de uma coletividade. Por isso, veio-me a ideia de formar um grupo de apoio para me ajudar na construção desse projeto, até porque eu inspirava mesclar a exposição com outros eventos culturais. Então foi formada a equipe de colaboradores: Adriano Reis, Anastasio Guevara, José Heleno Ferreira, Márcio Nascimento, Mariana Bernardes, Ramon Aguiar, Rômulo Corrêa, Samira Cunha, Vinício Vilela e Virgínia Ferreira, aos quais sou muito grata — conclui.
