O dono do X

CREPÚSCULO DA LEI – ANO VI – CCXCVII

Organizações criminosas especializadas nos esquemas de corrupção conseguem dinheiro, mas deixam rastros capazes de levar aos chefes dela. Por isso, as ORCRIMs agem para criar situações escusas e sinistras – vide o caso do orçamento secreto – em suas operações, principalmente com argumentos de liberdade e democracia (sic).

A ORCRIM envolvendo o dono do X não foge à regra. O bilionário que a comanda – cuja família foi favorecida pelo apartheid do seu país de origem – está assistindo, estupefato, a potencia chinesa BYD, nas regras do próprio capitalismo, avançar mundialmente na produção de carros elétricos.

Inconformado, e como todo inconformismo das organizações criminosas diante das regras e das leis – busca criminosamente conseguir vantagens, burlando as regras. O dono do X está ajustado com políticos e empresários nacionais para conseguir o controle da empresa canadense SIGMA, em Minas Gerais.

A SIGMA é uma empresa que opera na extração de lítio em Minas Gerais. O lítio – considerado petróleo branco – é um metal essencial para a produção das baterias dos carros elétricos. Sendo o metal mais leve que existe, o lítio é também necessário na produção de energia solar e eólica. 

Não custa lembrar que a américa latina concentra quase 70% das reservas mundiais do metal (principalmente Argentina, Chile e Bolívia), como também não se pode esquecer que a Bolívia (também) tem grandes reservas, e foi lá foi lá que o dono do X atuou, financiando o golpe de 2020, mas o povo boliviano é mais politizado que outros por aqui, e não deu certo – explica-se, assim, as aproximações americanas dos EUA na Argentina e no Chile.

Segue-se que no Brasil as reservas de lítio, principalmente no Vale do Jequitinhonha- importantes, valiosas – são exploradas pela SIGMA, pela CIA BRASILEIRA DE LÍTIO e pela AMG MINERAÇÃO.

Neste contexto, a empresa chinesa BYD avança na compra da SIGMA, negociação de quase 15 bilhões de reais, confirmando um mercado que domina desde que assumiu a fábrica Ford na Bahia, assentadas em uma capacidade de produção de 150 mil carros elétricos por ano. 

Uma potência baiana que incomoda o dono do X e, ao que tudo indica, quer ele se estabelecer com seus carrinhos elétricos mediante promessas e vantagens do ponto estratégico Jequitinhonha, em Minas.

Por sua vez, o governa(dor) mineiro, amigo e aliado de um ex-presidente, também tem seus interesses. Ano passado, 2023, o governa(dor) foi aos EUA – Nova York – para trazer investimentos estrangeiros para “a região”. Ora, o governa(dor) mineiro sabidamente não tem muita simpatia por funcionários públicos e trabalhadores – principalmente nordestinos – mas tem bastante apreço por empresários da mineração.

O tal apreço é sensibilizante. Minas lidera o número de vítimas de crimes tipificados como condição análoga à de escravos. Conforme operação RESGATE IV, das 593 vítimas resgatadas, 291 são mineiros. Evidentemente que são dados pouco divulgados, e o nome das empresas envolvidas menos ainda – grande apreço.

Ora, buscando-se o X da questão, verifica-se uma organização criminosa, ostentada por um empresário ligado a diversos políticos e empresários de exploração capitalista, também unidos à gangue de um ex-presidente, que se recusam a cumprir leis nacionais para criar um clima hostil, buscando escapar das leis, e para que esses mesmos empresários e políticos possam ainda mais explorar, colonizar e espoliar povos incautos do sul global.

Tudo isso em nome do cínico argumento da liberdade e da democracia. Liberdade para arrancar dinheiro dos incautos. Uma patifaria que coloca o estado democrático em risco.

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