Coluna de Manoel Brandão: 04/09/2024

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Banco Central do Brasil

O economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, foi indicado para assumir a presidência do Banco Central a partir do mês de janeiro de 2025. O tema tem sido tratado pela imprensa e pelo mercado em razão da importância desta posição.

E você, sabe qual é a importância do Banco Central?

O Banco Central do Brasil (BCB) desempenha papel fundamental na economia do país e na vida de seus cidadãos. Como a principal autoridade monetária, é responsável por garantir a estabilidade econômica, controlar a inflação e assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro nacional. Sua atuação é essencial para o desenvolvimento econômico sustentável e para a manutenção do poder de compra da moeda, afetando diretamente o dia a dia das pessoas e das empresas.

Uma das funções importantes do Banco Central é ajudar no controle da inflação. A inflação alta e descontrolada corroi o poder de compra da população, especialmente das classes mais baixas, e cria incertezas para consumidores e empresários. O BC utiliza a política monetária, principalmente a definição da taxa básica de juros (Selic), para manter a inflação dentro de uma meta pré-estabelecida. Essa estabilidade de preços é crucial para o planejamento econômico, facilitando investimentos de longo prazo e garantindo que o dinheiro mantenha seu valor ao longo do tempo.

O Banco Central também atua como regulador e supervisor do sistema financeiro nacional, garantindo a solidez e a eficiência das instituições financeiras, como bancos e cooperativas de crédito. Essa função é vital para manter a confiança do público no sistema financeiro, prevenindo crises bancárias e garantindo que as operações bancárias, como depósitos e empréstimos, sejam realizadas de maneira segura e confiável. A supervisão do Banco Central deve proteger os consumidores contra práticas abusivas e riscos sistêmicos, contribuindo para a estabilidade financeira do país.

A instituição também é responsável pela política cambial e pela administração das reservas internacionais do Brasil. As reservas internacionais são recursos financeiros em moeda estrangeira que o país possui, utilizados para intervir no mercado de câmbio quando necessário e para proteger a economia contra choques externos, como crises internacionais ou flutuações bruscas na taxa de câmbio. Essa capacidade de intervenção ajuda a evitar desvalorizações abruptas da moeda e a manter a confiança dos investidores estrangeiros no Brasil.

Ao auxiliar na garantia de um ambiente econômico estável, com inflação controlada e um sistema financeiro sólido, o Banco Central cria condições favoráveis para o crescimento econômico sustentável. Empresas e investidores têm maior previsibilidade para planejar suas atividades, o que incentiva investimentos em produção, tecnologia e geração de empregos. 

As decisões do Banco Central afetam diretamente a vida cotidiana dos brasileiros. A taxa de juros, por exemplo, influencia o custo do crédito, impactando o valor das parcelas de financiamentos e empréstimos, como os de automóveis e imóveis. Quando o Banco Central eleva a Selic como forma de ajudar no controle da inflação, o crédito tende a ficar mais caro, o que pode desincentivar o consumo e o endividamento das famílias. Por outro lado, quando reduz a taxa de juros, o crédito se torna mais acessível, estimulando o consumo e o investimento.

Em resumo, o Banco Central do Brasil é uma instituição de vital importância para o funcionamento saudável da economia e para a vida dos brasileiros. Sua atuação na manutenção da estabilidade econômica, controle da inflação, supervisão do sistema financeiro e administração das reservas internacionais é crucial para garantir um ambiente de confiança e segurança, essencial para o desenvolvimento econômico e social do país. 

É importante dizer que decisões tomadas pelo Banco Central precisam levar em conta a complexidade das relações socioeconômicas, devendo ser observado, também, que o Brasil precisa aliar desenvolvimento e sustentabilidade, criando um ambiente adequado e propício para o incremento da atividade empresarial da nação.  

A mulher, o mercado de trabalho e a lei

As mulheres são a parte vulnerável e as mais prejudicadas pela desigualdade de gênero nas relações de trabalho. Tal desigualdade consiste na proibição ou na existência de barreiras legais ou culturais que impedem ou dificultam a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Há dois estudos de relevância que abordam esta temática. Um pelo Banco Mundial, de 2022. Ao analisar a legislação de 190 países identificando as leis que visam proteger os direitos econômicos das mulheres, o Brasil recebeu pontuação 85 em 100. 

Mesmo com uma boa avaliação pelo Banco Mundial, no segundo estudo, pelo IBGE, de 2021, se concluiu que as mulheres dedicam-se aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos quase o dobro de tempo que os homens. Como consequência, em 2019 as mulheres receberam pouco mais de 3/4 do rendimento dos homens. 

Como se nota, o exercício da dupla jornada de trabalho, assumindo sozinhas as tarefas domésticas de cuidado, por exemplo, é um dos fatores que impactam a participação da mulher no mercado de trabalho.

Por Julia Maia, advogada da Brandão Carvalho Advogados Associados

Violência contra a mulher

Mais uma vez venho falar sobre a violência doméstica contra a mulher.  O motivo, desta vez, foi a chocante reportagem apresentada no programa Fantástico. 

A reportagem trouxe o depoimento de uma delegada de Mulheres, que era vítima de violência doméstica e era agredida pelo marido com frequência. Ela relata que, além de sofrer violência física, tinha vergonha da própria situação, pois, sendo delegada de polícia, como poderia reconhecer publicamente ser vítima desse abuso. A situação foi se agravando até que ela tomou uma decisão de denunciar os fatos.

Como se nota, a violência contra as mulheres não escolhe lugar ou classe social. Cor, raça ou credo, permanecendo como uma chaga que consome a dignidade da sociedade brasileira.

Não cabe a ninguém criticar as vítimas de violência doméstica, mas oferecer apoio e solidariedade, exigindo-se que os agressores respondam nos termos da lei e cumpram as penas devidas.

Livros  

Dom Quixote. Esse é livro é um clássico da literatura mundial. Trata da vida de um fidalgo espanhol que, vivendo fora do seu tempo, acredita ser um cavaleiro andante. Ele se mete em diversas confusões e vive em busca de absurdas aventuras, sempre acompanhado de seu fiel escudeiro Sancho Pansa. Eu tirei diversas mensagens do livro, que já li mais de uma vez. Entre as mensagens, entendi que, em muitas oportunidades, os monstros e os castelos estão somente na nossa imaginação e não é preciso travar verdadeiras batalhas com inofensivos moinhos de vento. A leitura é muito legal!

Barão de Mauá – Empresário do Império – O livro retrata a história do maior empreendedor brasileiro, apontando sua vida, suas empresas, dificuldades e vitórias. O livro nos faz refletir sobre o ambiente de negócios brasileiro, há muito contaminado pela burocracia e pelas dificuldades aos que tentam empreender. Para entendermos o nosso País, é preciso conhecermos a nossa história para que não cometamos os mesmos erros.

Quem mexeu no meu queijo? É um livro pequeno, mas extraordinário. Por meio de uma parábola, trata de questões fundamentais para os nossos dias, especialmente para a adaptação às mudanças. Quando aprendemos a lidar com as mudanças, vivemos com menos estresse e alcançamos maior sucesso na vida profissional e pessoal.  

Empresas Familiares

Você sabia que as empresas familiares são muito importantes para a economia brasileira, sendo responsáveis por uma grande parte dos empregos e do PIB nacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas do país têm perfil familiar.

Entretanto, segundo um estudo do Banco Mundial, apenas 30% das empresas familiares chegam à terceira geração e somente metade delas sobrevive. Segundo estudo da Fundação Dom Cabral, entre os maiores problemas que afetam a sobrevivência, estão: o apego e centralização excessiva de poder; a sobreposição de papeis; a dificuldade de reconhecer e trabalhar as próprias limitações pessoais; e, por fim, a falta de um planejamento sucessório adequado.

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