Divinópolis fecha o 1º semestre positivo na geração de empregos 

Jorge Guimarães

A exemplo de pesquisas anteriores, Divinópolis apresentou no primeiro semestre de 2024, um desempenho positivo em relação à criação de vagas de empregos formais, reflexo da recuperação econômica vivenciada pelo município. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, a cidade registrou um saldo positivo de 1.735 novos postos de trabalho, representando um aumento de 17% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Segmentos

O setor de prestação de serviços foi o principal destaque do período na abertura de novas vagas, num total de 982. O crescimento econômico, e consequentemente, a demanda por serviços especializados, foi fundamental para o saldo positivo.

A indústria também teve um desempenho relevante, com a criação de 470 novas vagas, refletindo a recuperação da produção e a confiança do empresariado local. A construção civil, outro setor importante para a economia do município, contribuiu com 261 novos postos de trabalho, impulsionada por investimentos em infraestrutura e novos empreendimentos imobiliários.

— Esses três setores, em conjunto, foram responsáveis por boa parte do crescimento do emprego formal em Divinópolis no primeiro semestre, refletindo a diversificação econômica e a resiliência do mercado de trabalho na cidade — comenta o economista Lazaro Ribeiro. 

Para a empresária Cláudia Silva, são números que devem ser festejados, pois confirmam que a cidade retornou seu crescimento, mesmo que em ritmo lento. 

— Mas a grande expectativa para o comércio varejista são as vendas do segundo semestre, assim a cidade pode fechar o ano com margem ainda mais positiva. Datas com o Dia das Crianças e Black Friday, com certeza, vão aquecer as vendas até o Natal — avalia. 

Mês 

A cidade completou em junho, o sétimo mês consecutivo de crescimento na geração de empregos formais, com números positivos na criação de novas vagas. Ao todo, foram registradas 3.391 admissões contra 3.156 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 163 novas oportunidades de trabalho. O setor de prestação de serviços novamente se destacou, liderando a criação de vagas com um saldo de 90 novos postos, resultado de 1.359 contratações e 1.269 demissões. A indústria e a construção civil vieram logo em seguida, gerando 65 e 29 vagas, respectivamente.

Por outro lado, o setor de comércio apresentou desempenho negativo pela segunda vez no ano. Após um saldo negativo em janeiro, o mês de junho também fechou com uma perda de 20 vagas no setor. Outro segmento que registrou queda foi o agronegócio; pela segunda vez no ano encerrou o período com um saldo negativo, dessa vez de 1 vaga.

Recuperação

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Luiz Angelo Gonçalves, os dados indicam que a cidade segue sua retomada econômica. 

— Podemos comemorar os números divulgados pelo Caged relativos ao primeiro semestre. A atual administração segue investindo no município, trabalhando para favorecer a criação de novos empregos e melhorar o ambiente de negócios para atrair novos investimentos para nossa cidade — pontuou. 

Oportunidades

Foi neste cenário de novas oportunidades, especialmente no setor de prestação de serviços, que o profissional Fernando Rodrigues da Silva encontrou a chance de retornar ao mercado de trabalho. No final de 2023, ele agarrou com firmeza a oportunidade que surgiu e, hoje, comemora a tão desejada carteira de trabalho assinada.

— Na pandemia, fiquei fora do mercado de trabalho, pois o restaurante onde eu trabalhava teve que fechar as portas. Voltar ao mercado não foi fácil, porque muitos colegas de profissão estavam na mesma situação. Mas, no final do ano passado, consegui um contrato temporário e dei o meu melhor para conquistar uma vaga no quadro funcional da empresa. Desde janeiro, estou com a carteira assinada, graças a Deus — contou o garçom.

Previsões 

Após o anúncio feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, com a informação de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas de mercado, o clima de otimismo em relação à economia do país se fortaleceu. O crescimento acima do esperado sugere uma recuperação mais acelerada da economia brasileira, o que pode sinalizar um cenário favorável para os próximos meses.

— Esse crescimento indica uma recuperação gradual da economia, impulsionada por setores-chave, como a prestação de serviços, a indústria e os serviços. Esse desempenho positivo pode fortalecer a confiança dos investidores, estimular o consumo interno e contribuir para a criação de empregos — analisa Lazaro Ribeiro. 

No entanto, o cenário ainda demanda cautela. Apesar do crescimento, desafios persistem, como a inflação, o elevado nível de endividamento das famílias e a necessidade de reformas estruturais.

— A expectativa é que, com a continuidade de políticas econômicas favoráveis e a retomada da atividade econômica global, o Brasil possa sustentar esse ritmo de crescimento nos próximos trimestres — finaliza o economista. 

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