Em pouco tempo de propaganda eleitoral, entrevistas e sabatinas, já dá para perceber uma situação comum e intrigante. Ao serem questionados, os postulantes a qualquer cargo que seja, sobre as mazelas que afetam a população, as respostas são vazias, pobres de conteúdo e desviadas do foco. O pior de tudo é que as próprias pessoas que perguntam, engolem o que foi ouvido sem questionar. Assim, o barco segue. Um lado finge que fala verdade, o outro que acredita!
Processo de idolatria
Esta é outra situação preocupante impregnada na política brasileira atualmente. Principalmente por meio das redes sociais, local que se tornou um “palco dos sabe tudo” e dos “donos da verdade”. Se posicionam como médicos, jornalistas e os próprios políticos. E ai de quem confrontar! Basta uma publicação, e logo aparecem os contrários, os com as soluções e os agressores. Um ataque atrás do outro, e o que precisa ser discutido mesmo, como qualidade e conhecimento sobre os candidatos e as necessidades do povo, fica em segundo plano. Assim, as eleições chegam e elegem os mesmos dos mesmos ou piores.
Cada um na sua
Concordando ou não, os sabidões precisam aceitar que cada um deve possuir suas visões e políticos preferidos, claro que, nunca idolatrando ou prestando culto aos ‘santos’ milagreiros que muitos acham que são. A análise e a moderação são fundamentais nestas horas, sabendo reconhecer os erros e acertos dos seus representantes com sensatez e inteligência, sem deixar se alienar pela massa, sob risco de sofrer todas as consequências possíveis pela escolha.
É democrático
Qualquer um expressar suas posições políticas. Sem dúvida, uma conquista da democracia. O que dá preguiça e chega a ser nojento é muitas parecerem cegas de si mesmas e da realidade, ao idolatrar um candidato ou político exercendo cargos, e não enxergar o que está escancarado para todo mundo ver. Agindo assim, ignoram totalmente os problemas que afligem os municípios e seu povo, se esquecendo que faz parte do bolo. Depois, começa a implicar com o primeiro que aparece na frente e volta para as redes sociais para reclamar de situações que contribuiu para que ocorressem.
Políticos de estimação
Com discussões e disputas nada republicanas, tudo se transforma em espetáculo e briga de torcida, muitas vezes piores do que aquelas fervorosas de time de futebol. Não é sadio e muito menos recomendável, idolatrar um político ou uma ideologia, em especial quando se busca o bem comum. Adorar políticos ao invés de pensar em políticas públicas atendendo às demandas populares, é deplorável. O resultado é se tornar retransmissor de frases feitas e respostas vazias, como dito no primeiro tópico deste PB. Isso não melhora uma cidade, um estado, muito menos um país. Se acompanha nos últimos anos, a miopia, hipermetropia, o astigmatismo e outras dezenas de problemas de visão de milhares de pessoas que apenas enxergam seus ‘políticos de estimação’.
Debate intenso
Nestas amarrações ditas na coluna é possível questionar? Como uma pessoa de esquerda se diferencia de uma de direita? O que pensam os conservadores e os progressistas? Por que ainda se fala tanto de comunistas e fascistas no Brasil? Cada uma dessas expressões, mexe e vira, tema de intenso debate em redes sociais, universidades, na comunicação em geral, mesas de bar, encontros, reuniões familiares… Mas, nunca se tem uma resposta convincente ou apropriada. Ao contrário, só discordâncias. O triste é saber que não tem prazo para acabar.
