Ao assinar contrato com o Manchester City, o jogador de futebol Kevin De Bruyne viu seus ganhos aumentaram cerca de 30%. No universo esportivo o habitual é que os atletas tenham seus termos de trabalho negociados por agentes; entretanto De Bruyne buscou analistas de dados que cruzaram informações e algoritmos para fazerem projeções que possibilitassem ao atleta antever, a partir do presente, sua influência e consequente valorização futura.
Por meio de um programa de análise, De Bruyne teve seu valor de contribuição calculado a partir das chances de sua equipe marcar ou sofrer gols. Assim, o jogador, ao assentar-se na mesa de negociações, tinha em mãos dados que possibilitaram a ele quantificar sua atuação e ao Manchester inferir seu desempenho futuro. Resultado: De Bruyne obteve um contrato vantajoso no time que se mostrou mais interessante para sua carreira.
Ao optar pela combinação de algoritmos para nortear uma decisão, o jogador lançou mão de elementos que são a base do feedback: os dados analisados em tempo real. Por meio deles foi possível quantificar uma série de quesitos e formar base segura para todos os envolvidos nas negociações.
A análise destes fatos em tempo real também possibilita leituras que podem levar a correções de rumos, visualização de espaços de crescimento, conhecimento sobre pontos fortes e pontos fracos: uma série de informações que trazem impacto positivo na vida profissional de quem entende que o feedback é uma ferramenta de desenvolvimento baseada em fatos e dados. O feedback baseado em fatos afasta o achismo e coloca em seu lugar o real, trazendo o que é concreto à tona.
O que mais existe são artigos sobre liderança: o que é, para que serve, como impacta as pessoas, o que fazer e o que não fazer como líder. Para qualquer abordagem, liderança é questão de comunicação. Porque todo líder é líder de pessoas, então, é a partir da conexão com elas que ele poderá ter sucesso em sua empreitada. A linguagem é o meio para esta conexão. Por meio dela se dá a relação de confiança que a liderança precisa criar com a equipe.
Explicitar objetivos com clareza é uma das primeiras etapas de comunicação para gerar segurança. Até mesmo quando as notícias não são boas, cabe ao líder ser claro para que todos possam lidar com elas. Esta é, também, uma forma de dizer que todos enfrentam o mesmo problema. É o “tamo junto” corporativo.
Quando estão todos no mesmo barco, cada um deve, também, abraçar a parte que lhe cabe. Responsabilizar-se. E isto deve estar claro na comunicação da liderança com a equipe: o que cabe a cada um, o que se espera do todo, inclusive do líder. E a ferramenta de comunicação para este entendimento é o feedback – de preferência em tempo real – para que todos trabalhem em cima de fatos do presente.
O feedback significa, para o líder, a oportunidade de comunicação objetiva para melhoria de todos, uma vez que o processo deve ser dinâmico e de mão dupla. Assim, o ciclo da comunicação estará completo.
Além do mais, todos nós precisamos de feedback! Precisamos de feedback que seja preciso, útil, com base sensorial e reflexivo para nos ajudar a ajustar as nossas habilidades e incorporar novos padrões. E para isso é importante trazer feedback de alta qualidade porque o feedback funciona como um espelho, um espelho que reflete o que estamos fazendo e como estamos fazendo.
Você é aquela pessoa que sabe dar e receber feedback com maestria?
