Cesta Básica tem redução de 4,76% em comparação a julho

Jorge Guimarães

A tendência observada no mês passado, em relação aos preços de alguns produtos, segue neste. Pelo segundo mês consecutivo, o preço da cesta básica registrou queda na cidade, proporcionando certo alívio ao orçamento das famílias. Resultado que é atribuído à redução nos preços de alguns produtos do hortifrutis, como a batata e o tomate. A diminuição significativa tem contribuído para a redução geral no custo da cesta básica, beneficiando os consumidores e melhorando a acessibilidade dos alimentos essenciais.

Números

De acordo com dados divulgados pela pesquisa conduzida pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Nepes), da Faculdade Una Divinópolis, em agosto, o custo médio da cesta básica de alimentos em Divinópolis foi de R$ 556,94. Valor que representa uma redução de 4,76% em comparação ao mês de julho, quando o conjunto de alimentos custava R$ 584,77. A queda no custo reflete mudanças positivas para os consumidores locais, que vêm enfrentando alívio no valor dos produtos essenciais.

— A redução nos preços reflete uma tendência de alívio no custo dos itens essenciais, impactando positivamente o orçamento familiar. A queda  é um reflexo de fatores como o aumento da oferta de alguns itens alimentares e a estabilização de outros produtos, contribuindo para um cenário mais favorável no custo de vida. A expectativa é que esse alívio no valor da cesta básica continue impactando positivamente o consumo e o bem-estar da população — avalia o economista Lazaro Ribeiro.

Preços

A pesquisa apontou  no último mês um aumento significativo no preço do quilo do café em pó, com alta de 10,41%. Resultado de uma combinação de fatores que impactaram diretamente o preço do produto no varejo, tornando o produto mais caro. 

— Entre os fatores que explicam essa elevação estão a oferta restrita de grãos no Vietnã, o aumento do preço internacional, a desvalorização do real frente ao dólar e as oscilações na colheita causadas pelas mudanças climáticas — explica o coordenador da pesquisa, professor Wagner Almeida.

Por outro lado, houve uma expressiva queda no preço do quilo da batata, que caiu 29,11%. Esse declínio é atribuído ao avanço da colheita, que aumentou significativamente a oferta do produto e, consequentemente, reduziu os preços no varejo. Além disso, o quilo do tomate também apresentou redução acentuada de 27,72%, impulsionada pelo clima quente que favoreceu uma maior oferta do produto. 

— Essas variações refletem a influência do clima e do mercado internacional nos preços dos alimentos — pontuou o coordenador.

Pesquisa

A pesquisa desta edição foi conduzida entre os dias 26 e 30 de agosto, com a coleta de preços sendo feita em sete supermercados de Divinópolis, todos equipados com açougue, padaria e hortifruti. O levantamento focou na cesta básica de alimentos, que é composta por 13 produtos alimentícios essenciais.

— Esta cesta é projetada para atender às necessidades nutricionais de um trabalhador adulto durante um mês, garantindo a ingestão balanceada de todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde e o bem-estar. — explica Lazaro Ribeiro.

Salário mínimo

O trabalhador que recebe um salário mínimo comprometeu no mês passado, em média, 42,6% de seu rendimento líquido, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, para adquirir os produtos da cesta básica. Esse percentual representa uma melhoria em relação ao mês anterior, quando 44,8% da renda foi destinada à compra da cesta básica.

— A redução no comprometimento da renda indica um alívio financeiro para os trabalhadores, refletindo a queda no custo da cesta básica e melhorando a capacidade de gestão do orçamento familiar — relata o economista.

Orçamento 

A queda nos preços da cesta básica tem um impacto direto e positivo no orçamento das famílias. Para a maioria dos lares, os itens alimentícios e de higiene pessoal e limpeza representam uma fatia considerável das despesas mensais. 

— Esse alívio financeiro pode permitir que as pessoas realizem aplicações financeiras, poupem para o futuro ou até mesmo invistam em áreas importantes, como educação e saúde  — detalha Ribeiro. 

Impactos na economia 

Além dos impactos diretos para os consumidores, a redução nos preços pode gerar efeitos mais amplos na economia. Quando os preços de itens essenciais, como os da cesta básica, caem, há um aumento no poder de compra das famílias, que passam a ter maior flexibilidade para consumir outros bens e serviços. 

— Além disso, com o custo de vida mais acessível, a pressão inflacionária tende a diminuir, contribuindo para a estabilidade econômica. Empresas também podem ser incentivadas a ajustar seus preços e estratégias de produção, buscando se manter competitivas em um mercado mais acessível —  finaliza o economista.  

Related posts

Guarani vence mais uma e dispara na segundona do Mineiro

Anvisa aprova atualização de vacina contra covid-19

Quatro pessoas ficam feridas em acidente perto do trevo de Perdigão