Que salário!

Enfim, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicou alguma decisão sobre o juiz Ather Aguiar. Ele estava afastado há quase um ano e três meses da 1ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias e era investigado pelo órgão de Justiça. O magistrado foi acusado por assessoras e estagiárias de seu gabinete de assédio moral e sexual. A situação veio à tona em junho do ano passado e o juiz foi afastado no dia 28 do mesmo mês. O caso ganhou repercussão nacional. E não é para menos. Práticas absurdas vindas de quem deveria condenar. A possível “punição” foi a aposentadoria compulsória, pela qual irá receber cerca de R$ 47 mil líquidos por mês, conforme o Portal da Transparência. Valor que vinha caindo na sua conta desde seu afastamento. 

Defesa 

Durante o Processo Administrativo Disciplinar, o juiz alegou que “exerce a magistratura há mais de 25 anos sem que jamais tivesse sido alvo de quaisquer acusações”. Mas, não convenceu a Corregedoria do TJ, principalmente, devido à robustez de provas.  Decisão tomada, vem as perguntas: Já se nomeou outro juiz para a Vara? Até onde se sabe, Marlúcio Teixeira de Carvalho vem substituindo, mas não  dá conta visto que a demanda é grande, e tem a sua  Vara para responder. Outro questionamento é: e seu assessor  Tiago Carmo de Oliveira, que segundo as denúncias era seu cúmplice nos assédios. Fontes garantem que ele “capou o gato” do Brasil há muito tempo e está morando no Canadá. Os mais velhos já diziam: “onde há fumaça, tem fogo’!

Fôlego 

Assim como na maioria dos municípios, a corrida eleitoral em Belo Horizonte está literalmente “pegando fogo”, assim como as cidades com esse calor insuportável e a baixa umidade. Pesquisa divulgada nesta semana, mostra um crescimento considerável do atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD). Há cerca de 7 dias, ele aparecia longe dos primeiros colocados. Resultado que animou o presidente do diretório estadual do PSD em Minas, deputado estadual Cássio Soares. Na sua avaliação, Noman tem fôlego para chegar ao dia 6 de outubro, data marcada para o primeiro turno da campanha, com a maioria dos votos dos eleitores belo-horizontinos. E ele não está errado de pensar assim. Apesar da vantagem considerável do candidato do Republicanos, Mauro Tramonte, os 23 dias que restam para o dia da  votação e  os indecisos podem fazer a diferença.

Milionária 

Em um país onde não se tem dinheiro para assistências primordiais como na saúde, a grana jorra em anos políticos. Exemplos não faltam. O candidato pelo PSOL à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos já arrecadou, desde o início de sua campanha, R$ 44,8 milhões. O montante é usado para pagar uma série de gastos e serviços, desde gráficas até impulsionamento de publicações em redes sociais. O PSOL é a segunda maior fonte de arrecadação e destinou R$ 14 milhões para financiar a campanha de Boulos. Valor seis vezes maior do que o PT investiu na campanha de um integrante da própria legenda — Rogério Correia. O deputado federal é candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, e recebeu, até o momento, R$ 5 milhões. Outros R$ 250 mil foram repassados pelo PSOL, partido da sua vice, Bella Gonçalves. Posição que ambos ocupam na pesquisa? Óbvio que não. Outros interesses como a importância de São Paulo em relação a BH. 

Haja dinheiro 

E a população boba — talvez inocente seria a palavra mais apropriada —  para pagar. Os dois partidos com a maior fatia do fundo eleitoral do Brasil, PT e PL, já torraram quase 60% dos recursos para financiar as campanhas de candidatos a prefeito e vereador ou de aliados espalhados pelo país. Com três semanas de campanha, o Partido Liberal do ex-presidente Jair Bolsonaro já despejou R$ 519 milhões — dos R$ 886 milhões recebidos do chamado “fundão”. Já o Partido dos Trabalhadores do presidente Lula repassou R$ 369 milhões dos R$ 619 milhões a que tem direito. Quase nada, beira a R$ 1 bilhão apenas, tirado do suor do povo! 

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