Tem trabalhado 

É impossível falar de redes sociais sem citar Umberto Eco, especialmente quando ele afirmou: “as redes sociais deram voz a uma legião de idiotas”. Fato. Eles, os idiotas, estão por todos os lados, e promovem estragos diários. Alguns em grandes proporções, outras nem tanto, porém sempre significativos. Durante o período eleitoral, então, a coisa fica feia. Ataques e mentiras por todos os lados. 

A verdade é que não tem como definir quem é pior, e o desespero chega a bater quando se olha atentamente o cenário político atual. Diante tanto amadorismo,e até mesmo falta de respeito com o eleitor, o fato é que a Justiça Eleitoral tem trabalhado como nunca para minimizar os estragos que essas eleições possam causar no coletivo. Afinal, a disputa passa, mas as consequências permanecem. Muita gente sequer imagina, mas essa polarização trouxe retrocessos ainda incalculáveis para a Saúde, a Educação e a Assistência Social do país. E, quando tudo fica à flor da pele, como agora, o jeito é tentar “amarrar” para evitar que mais danos sejam causados à sociedade. Já bastam os que vêm sendo feitos de 2016 para cá pelos próprios candidatos e governantes, que utilizam as redes sociais de forma equivocada, e contribuem para este retrocesso sem precedentes. 

É justamente diante dessa situação que vale a reflexão: quando exatamente a humanidade decidiu trilhar o caminho do atraso e das mentiras? O que levou milhares a defender políticos cegamente, sem o mínimo de questionamento, um cenário como esse? A reflexão é válida e, definitivamente, não é perda de tempo pensar nisso. E, enquanto o povo segue com suas viseiras, apaixonado e passando pano para mentirosos, à Justiça Eleitoral cabe apenas trabalhar, trabalhar e trabalhar para lidar com o amadorismo e o desespero. Se está assim agora, imaginem se ou quando ganharem. Não tem para onde correr. A cada decisão da Justiça Eleitoral para suspender postagem A ou B, retirar esse ou aquele conteúdo do ar, fica a certeza: até que o povo se torne consciente, ainda tem muito retrocesso pela frente. Na disputa pelo poder vale tudo, exceto olhar pelo povo e apresentar propostas. 

Os brasileiros, agora, devem buscar encontrar os melhores candidatos – ou os menos piores. Se é que isso é possível. À Justiça Eleitoral, lhe é delegada o dever de proteger os interesses coletivos, combatendo não a velha ou a nova política, mas a política ruim, aquela baseada em interesses próprios. É fundamental uma atuação firme contra aqueles que, dispostos a chegar ao poder, provocam danos irreparáveis à ordem social. 

É preciso um bom entendimento para diferenciar bons discursos de boas práticas. Muitas vezes, os epopeicos são derrubados com uma simples pergunta: “É viável?”. 

Até 6 de outubro, a Justiça Eleitoral terá muito trabalho, pois como é perceptível, vale tudo!

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