Na lama 

Os brasileiros têm diariamente a prova de que a política está na lama. Ao invés de evoluir, o Brasil enfrenta o constante retrocesso, constatado pelo episódio entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB)e Luiz Datena (PSD). Por mais que a agressão tenha rendido memes nas redes sociais, a situação escancara o caos do atual cenário. Sem qualquer tipo de respeito com os eleitores, Marçal e Datena são apenas um dos vários exemplos país afora. 

A nova política conseguiu, por vezes, ser pior do que a velha. Os que se diziam contra a corrupção, que iriam lutar pelo povo e muito prometeram, não entregam nada. Eles apenas identificaram as lacunas deixadas pela “velha política”, usaram as dores e o desespero do povo, trabalharam com um marketing pesado em cima disso, polarizaram o país, e não fizeram absolutamente nada de novo. Em outras e poucas palavras, são os grandes responsáveis pelos retrocessos no país. 

E não há uma cidade no Brasil que não tenha o seu “Marçal e  Datena”, arrastando a política brasileira para lama. O mais desolador de tudo isso é que não é possível definir o que é pior, se os ditos “nova política” arrastarem cada vez o país para o caos, para a lama, ou a população seguir inerte a este contexto, e em alguns casos até mesmo defenderem e aplaudirem. Não há esperança. A tendência é que tudo siga piorando a cada dia, a cada discurso, a cada “show”. A nova política consegue ser pior do que a velha, pois além de não entregar absolutamente nada, ainda trazer discórdia, desunião, e muito, mas muito conflito. Só não vê quem não quer. Só defende quem está cego. Afinal, não tem como acreditar em evolução, em desenvolvimento se quem deveria dar exemplo não consegue fazer o básico. Não consegue apresentar propostas, e fica nesse “lenga lenga” de “esquerda, esquerdista, direita, extrema direita, comunismo, direitos da família”, sem ao menos entender o que isso significa. 

Sem qualquer tipo de preparo, os candidatos simplesmente sem conseguir olhar para o lado e enxergar um palmo em sua frente. Mirando apenas para o próprio umbigo muitos já se autodeclaram vencedores, e mostram o quão imaturos são para representar um povo. Incapazes de enxergar o que de fato o Brasil precisa para evoluir 1% que seja, muitos acreditam em suas próprias mentiras, e continuam em seus caminhos, como tratores em busca do poder, cantando vitória, porém mostrando, escancarando a cada atitude suas limitações para governar uma cidade em um momento que o país exige muito. E como exige. Afinal, não é possível evoluir quando se está na lama. Não é possível sequer andar quando se está rastejando na sujeira. Os prognósticos não são os melhores possíveis mesmo quando o eleitor está com a “faca e o queijo na mão”. Faltando exatos 17 dias para as eleições municipais, o que resta é apenas encarar a derrota já antecipada. Por aqui, mesmo quem ganhar perderá. Não haverá muito o que se comemorar, pois quando não se consegue enxergar um palmo na sua frente, a derrota é o único caminho, mesmo que a urna indique que não! Falhamos!

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