Preto no Branco

Educação e política 

Estudantes de todos os polos regionais são recebidos desde a última quarta-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para ações que finalizam o Parlamento Jovem de Minas 2024. Durante toda à tarde, eles participam de atividades de acolhida, exposição da dinâmica da plenária final e vivência de entrosamento. O Parlamento Jovem é uma iniciativa de formação política para estudantes do ensino médio, desenvolvida em parceria da ALMG com câmaras municipais e com apoio da PUC Minas. Por meio dessa iniciativa, os alunos têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre política e sobre formas de participação no Poder Legislativo. Iniciativa brilhante e talvez, a grande aposta para mudar esse quadro lamentável e vergonhoso que vive a política brasileira. 

Votação 

Após a realização de etapas municipais e regionais, os representantes de cada cidade chegam à etapa estadual, para debater um tema de relevância social. O tema em discussão neste ano é “Melhorias no ensino escolar”. Durante a plenária final, marcada para esta sexta, 20, a partir das 10h, serão votadas propostas que foram construídas e aprimoradas pelos próprios estudantes ao longo de todo o ano. As exposições vão compor um documento que será encaminhado à Comissão de Participação Popular da ALMG. As sugestões apresentadas podem se desdobrar em projetos de lei e pedidos de providências para melhorar a qualidade do ensino. Sem dúvida vão sair iniciativas de grande valor que, quem sabe, possam contribuir no sentido da educação ser vista da forma necessária, não deixada de lado por parte de quem não quer que as pessoas pensem. 

Queda de braço

Foi isso que virou as decisões e descumprimentos que envolvem o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o empresário americano Elon Musk. O X, antigo Twitter, voltar a funcionar do nada nesta quarta-feira, e adivinha: tinha treta.  Os acessos peloS servidores CloudFlare, Fastly e Edgeuno, e outros semelhantes permitiram o acesso ilegal. O resultado foi a aplicação pelo ministro de outra multa à empresa gerida por Musk, desta vez no valor R$ 5 milhões, caso a plataforma volte a estar disponível para usuários brasileiros. A decisão foi tomada em resposta ao descumprimento de um bloqueio imposto pelo STF, após decisão do de Moraes no final de agosto. Essa é a segunda vez que a empresa, que também pertence ao bilionário, é penalizada por conta do descumprimento de decisões judiciais do antigo Twitter. Após o bloqueio das contas da empresa, que presta serviços de internet, o ministro transferiu na semana passada mais de R$ 18 milhões da Starlink para as contas da União para arcar com multas que não haviam sido pagas pela rede social. A quem aposte que o embate está só começando. 

‘Brecha’

Além de acionar o X, o ministro também intimou a Anatel para que acompanhe a determinação de bloqueio da rede social em todo o país. Em nota, a agência informou que, com o apoio ativo das prestadoras de telecomunicações e da empresa Cloudfare, conseguiu identificar a ‘brecha’ que possibilitou a volta da rede social. A pergunta é: o que não ‘brecha’ hoje em dia, se as determinações das Justiça quase não são cumpridas por esta falha nas leis brasileiras?

Mais um 

E por falar no ministro, o nome dele tem sido falado nos últimos dias mais do que o de mãe. Foi apresentado na  semana passada mais um  pedido de impeachment contra ele. Com isso, o número de solicitações para a sua destituição subiu para 24. O mais recente pedido conta com o apoio de 152 deputados e já recebeu a adesão de 36 senadores. Assim, o Senado está próximo de conseguir a maioria simples necessária para iniciar o processo de impeachment. Para que isso aconteça, são necessários 41 votos dos 81 senadores (ou seja, 5 votos a mais do que o número atual de apoio). Fato inédito, mas que parece cada vez mais possível.

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