Primavera não tem chuva geral 

Lucas Maciel

Após um inverno atípico, tomado pela seca intensa e pelos incêndios, que vem assombrando grande parte do Brasil, a estação de primavera chegou. Com início às 9h44 deste último domingo, 22, a nova estação começou com grande expectativa por uma mudança climática.

Conhecida, por muitos, como a época do ano que tem o clima mais agradável, marcada historicamente por temperaturas amenas e o aumento da umidade do ar, a estação, pelo menos neste ano, deve ter características diferentes. 

De acordo com o Climatempo, ainda não é possível definir completamente como será a estação, mas a tendência é de que as ondas de calor continuem, pelo menos, até o mês de novembro. 

—  Esses fenômenos são difíceis de prever a longo prazo, mas é possível que, em outubro ou novembro, episódios de calor intenso voltem a ocorrer, aumentando os alertas — informou o Climatempo, em nota. 

Divinópolis, que continua com clima abafado e altas temperaturas, apareceu em lista na semana  passada como uma das cidades que estavam mais tempo sem chuva no país. 

Chuvas

Porém, não são só notícias ruins que a chegada da nova estação traz, pelo contrário. Uma das maiores preocupações de especialistas e da população em geral era em relação às chuvas. 

Diversas regiões do Brasil registraram um grande período de estiagem. Belo Horizonte, por exemplo, ficou mais de 5 meses sem registrar nenhuma chuva, o segundo maior período de seca da história. Essa marca negativa, que durou 155 dias, teve fim no último sábado, 21, quando foram registradas chuvas em alguns bairros da capital do estado, e também em cidades da região metropolitana, como Brumadinho e Nova Lima. 

Agora, com a chegada da primavera, a previsão é de que a frequência das chuvas ocorram, mas apenas em algumas regiões do Brasil. Enquanto na região Norte e parte da Centro-Oeste, as chuvas devem continuar abaixo da média histórica, a perspectiva é boa para o Sudeste. 

— Os modelos climáticos indicam que essas áreas terão chuvas mais frequentes e acima da média para a estação. A previsão é que o retorno das frentes frias e a atuação de cavados (áreas alongadas de baixa pressão) favoreçam a formação de sistemas de instabilidade que trarão um alívio para a seca prolongada — informou o Climatempo. 

Uma das previsões que anima os especialistas e pode provocar chuvas intensas e persistentes em grandes partes do país, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, é a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). O fenômeno está previsto para acontecer em dezembro e pode ser um ponto de alívio para as regiões que sofrem com a estiagem desde a chegada do outono. 

Divinópolis 

O Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet), divulgou na última sexta-feira, 20, o  um levantamento com as 100  cidades que mais tempo estavam em estiagem. Divinópolis apareceu nesta lista, com a última chuva registrada ainda no final de maio.  

Minas Gerais é o estado que concentra mais cidades no ranking, com 8 dos 10 municípios que estavam há mais tempo. Pompéu liderava a lista e Divinópolis aparecia em 16º dentre as cidades mineiras, ao lado de Lavras, Formiga e São João del Rei. 

Essa lista, no entanto, sofreu algumas alterações no final de semana, com Belo Horizonte, por exemplo, saindo da lista. Em Divinópolis, as perspectivas ainda não são tão boas. 

Previsão 

Os próximos dias devem se manter sem chuva em Divinópolis. A previsão, divulgada pelo Climatempo, indica que não deve chover nesta terça-feira no município. A temperatura deve variar entre 20°C e 35°C e a umidade do ar pode chegar aos 60%. 

Essa tendência deve se manter por toda a semana, com a temperatura maia alta prevista para sexta-feira, com 36°C. Em todos os dias, a previsão indica sol, com aumento de nuvens na parte da tarde. 

Sábado pode ser o dia que as chuvas voltem a aparecer na cidade. A expectativa é de que, pela manhã, apareça o sol com algumas nuvens. Na parte da tarde, deve ficar nublado e pode chuviscar. Depois disso, mais nenhuma chuva foi indicada até o dia 7 de outubro. 

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