Pessoas em situação de rua, chuvas e alagamentos, saúde pública, baixos indicadores na educação, saneamento básico, segurança pública, drogas, desigualdade social. Esses são apenas alguns dos milhares problemas que o Brasil enfrenta atualmente. Apesar de ser um país de muitas riquezas, possui problemas seríssimos ano após ano, década após década, e claro, eleição após eleição. Por mais que tentem negar, ou minimizar, a verdade é que os problemas sociais prejudicam não apenas o crescimento e o desenvolvimento do país, mas a saúde e o bem-estar da população. Engana-se quem vê dados como esses e imagina ser algo longe, exclusivo de grandes cidades. Problemas como esses estão bem aqui, debaixo do nosso nariz. Em Divinópolis, por exemplo, basta dar uma volta nos bairros periféricos para ver estes problemas gritando, urrando, urgindo por solução. Não é necessário ir muito longe para encarar a realidade cruel que assola milhares de pessoas na cidade, e que sequer tem expectativas de melhorias a curto prazo. Para ver a fome bem ali, debaixo do nosso nariz. Sem educação e saúde de qualidade, vivendo com menos do que o básico junto aos seus familiares. Sobrevindo ao Brasil.
O tem vem de encontro ao período que o Brasil atravessa no momento. Há 10 dias das eleições, a responsabilidade de escolher os seus representantes está cada vez mais próxima do povo. Apesar de a esperança de mudança está cada vez mais longe, pois diante o comportamento de parte do eleitorado o único caminho disponível é o “andar em círculos”, é preciso sim atentar sobre o quanto essa responsabilidade dobra para quem tem meios e acesso a mais informação, do que para quem sequer imagina o que é isso. Embora seja mais fácil para essa boa parte do eleitorado que tem mais acesso à informação acreditar nos discursos rasos, fáceis e regados a promessas, existem problemas seríssimos a serem enfrentados Brasil afora, e que estão bem debaixo do nosso nariz. E, é neste ponto que está a responsabilidade em dobro dessa “boa parte do eleitorado”. Cobrar, questionar os seus candidatos, e exigir por ações que condizem com o possível, e com a realidade. Afinal, se querem tanto o que dizem em seus discursos lindos de internet, como o fim da corrupção, o desenvolvimento, e blá blá blá, é preciso em primeiro lugar encarar o real, e em segundo encarar a realidade do seu candidato.
Por mais atrativo e fácil que seja, mas os discursos bonitos de internet, as dancinhas, os TikTok’s ficam apenas lá. Eles não enchem barriga, não matam fome, não zeram fila, não dão escola pública de qualidade, não trazem mais segurança. Apenas enchem linguiça. Só isso. Mais nada. Enquanto um candidato faz uma dancinha, posta um vídeo, faz um discurso digno de Oscar, os problemas sociais do Brasil, da sua, da nossa cidade continuam bem ali, debaixo do nosso nariz. Ainda é tempo para refletir. Faltam 10 dias… Tic tac…
