Da Redação
Vários focos de incêndio ainda estão sendo registrados em uma vegetação atrás da subestação da Cemig, no bairro Belo Vale, desde o último sábado, 21. Após seis dias de queimadas, o Corpo de Bombeiros ainda continua combatendo as chamas que ainda estão espalhadas.
O Corpo de Bombeiros disse ao Agora informou que até esta quinta-feira, 26, seis equipes foram enviadas desde o início da primeira ocorrência, totalizando 24 militares empenhados nos combates.
As chamas, que não tiveram as causas constatadas, atingem pontos diferentes do morro. O local, conta com uma área de vegetação de 254 hectares, porém, vale destacar que não é toda região que está sendo consumida pelo fogo.
Já sobre a área atingida, não existe um relatório que aponte precisamente a destruição causada. Devido às copas das árvores serem densas, os satélites de monitoramento são incapazes de realizar a leitura de forma precisa e localizar por onde o fogo passou.
Fatores como o tempo seco e quente, registrado nos últimos dias, podem ter contribuído para espalhar o fogo. Além disso, a possibilidade do incêndio ter tido uma origem criminosa, não é descartada.
Ainda de acordo com os Bombeiros, além da concentração ser dentro desta mata, outros locais nas proximidades também tiveram focos de incêndio registrados.
Na segunda-feira, 23, os militares atenderam um outro chamado na região mais próxima à Ermida. Em outro momento do dia, por volta das 18h30, o Corpo de Bombeiros precisou atender uma ocorrência de um novo incêndio que atingiu um pasto nas proximidades do Haras Crystal, perto da BR-494, que fica do outro lado do morro.
Combate manual
Devido a região atingida ser de difícil acesso, os militares precisam carregar seus próprios equipamentos, nem mesmo o Guarany, um equipamento de combate acoplado, geralmente em caminhonetes, pode ser usado.
Por isso, estão sendo empregados materiais como bomba costal, abafador e soprador, além dos EPIs.
Lidera ranking
Divinópolis lidera, desde 2019, o primeiro lugar no ranking de cidade que mais registra queimadas em toda Minas Gerais. A cidade sede do 10º Batalhão de Bombeiros Militares (BBM), registrou 886 ocorrências no mês passado, liderando com vantagem de 243 casos em relação ao segundo colocado, Varginha.
Além de continuar na liderança, Divinópolis registrou apenas no mês de agosto, mais casos que nos anos 2019 e 2023, chegando próximo do antigo recorde, registrado em 2021, quando 1.066 incêndios foram atendidos.
De acordo com informações fornecidas pelo 10º BBM, 36% das ocorrências são incêndios em área rural, 35% em região urbana não protegida e 29% são em lotes vagos.
Previsão de chuva
Mesmo com a chuva registrada em alguns pontos de Divinópolis nos últimos dias, as queimadas ainda seguem a todo vapor e incomodando os moradores. A esperança é que a chuva prevista para os próximos dias, possa contribuir para amenizar a situação dos incêndios que incomoda a cidade a tanto tempo.
A cidade pode registrar neste fim de semana dias chuvosos e aliviar, de forma breve, o calorão. No sábado, o dia deve registrar um calor de 36º e 69% de chance de chuva, e no domingo, 32º de máxima e 50% de possibilidade de precipitação.
Porém, a previsão das próximas chuvas vem apenas na segunda semana de outubro. Nesse intervalo, a previsão é que as temperaturas máximas cheguem a 38º em quase todos os dias da semana. Já as mínimas também devem ser elevadas, registrando de 19º à 24º.
Umidade relativa do ar
Para a primeira semana de outubro, as recomendações acerca dos cuidados tomados com o tempo seco ainda devem ser seguidas, uma vez que as porcentagens mínimas da umidade do ar devem variar de 16% a 31%.
Com estas condições, o Instituto Brasileiro de Meteorologia alerta para cuidados que devem ser seguidos como, beber bastante líquido, evitar atividades físicas, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia e usar hidratante para pele e umidificar o ambiente.