Partido Novo, velho como sempre 

Um dos clássicos da literatura mundial, “O Leopardo” (1958, Tomasi de Lampedusa), traz uma das frases mais emblemáticas e conhecidas dos romances: “É preciso mudar tudo para que tudo continue a mesma coisa.”

O Partido Novo representa isso, um “novo” velho discurso da classe ricaça nacional, constantemente mobilizando-se para manter as coisas – seus privilégios – intocáveis, nos mesmos lugares, como sempre.

A classe ‘ricaça’ do país sempre agiu desta maneira, desde a escravatura iniciada no país em 1537. Para mantê-la, sustentou e bajulou a família real, forçou o dia do “fico”, inventou a falsa independência, promoveu o golpe da república e promoveu todos os golpes no país, ou seja, sempre “novas escravaturas” em favor dos (seus) velhos interesses e benefícios.

Consultando-se as devidas origens, verifica-se que o NOVO foi registrado em 2015, mostrando-se como uma agremiação política partidária composta pelo alto escalão do mercado financeiro, maioria CEO em sua estrutura.

No oportunismo da extrema direita, o NOVO cresceu apoiado nas aberrações de um crime organizado conhecido por “lava-Jato”, cujas práticas delituosas e antidemocráticas de LAWFARE ,conhecidas – e estudadas – mundialmente, levaram ao golpe de 2016.

Parece óbvio que uma agremiação com essa origem jamais iria se importar com redução da pobreza, justa distribuição de renda, saúde e educação públicas de qualidade, pleno emprego e preservação do meio ambiente. Óbvio que NÃO!

Quando, na história do país, algum partido formado por ricaços voltou-se em favor da classe baixa?

Muito pelo contrário, quando partidos de ricaços perceberam que partidos populares estavam implementando grandes conquistas sociais, o que fizeram? “mudaram tudo para que tudo continuasse a mesma coisa”!

Sob estes aspectos, a extrema direita atual são filhotes saudosistas da ditadura imposta em 1964, representada na famosa ARENA – Aliança Renovadora Nacional (renovadora?).

O NOVO, diga-se, é corresponsável pela tragédia do meio ambiente na pessoa do ex-ministro (?) Ricardo “deixa boiada passar” Salles. Este falso ministério é que articulou a destruição dos aparatos ambientais do país, escondido e favorecido nas atenções dadas à COVID.

O NOVO tinha conhecimento de que tal ministro – que mentia sobre sua formação acadêmica – incitava a violência no campo, negligenciava-se diante das queimadas, criminalizava as ações constitucionais do MST, apoiava o negacionismo climático, apoiava mineradores e garimpeiros, ignorava o genocídio indígena e flertava com o supremacismo branco.

Da mesma forma, o atual governador mineiro (NOVO) não se distancia dessas aberrações delituosas. Também chegou ao cargo agarrado aos estragos democráticos promovidos pela ORCRIM Lava – Jato, sempre dizendo aquele papo furado nazista de “Brasil acima de tudo blá…blá…blá…”

Dizia ele que seu secretariado seria 100% técnico, sem parlamentares eleitos. Ao contrário, nomeou parlamentares eleitos, sem qualquer perfil técnico, principalmente aqueles ligados ao PSDB.

Dizia ele que “seu” secretariado não receberia salários, mas recebem – e com aumentos exclusivos, como também para ele próprio.  Dizia ele que iria cortar 80% dos cargos comissionados, mas não cumpriu, além de pedir criação de novas vagas na reforma legislativa.

Dizia ele que iria extinguir uma tradicional solenidade de entrega de medalhas em Minas. Não só a manteve como também fez questão de recebê-la. Festa da demagogia.

O governador atual alega que dispensa ajuda de “empregados” e economiza nos cafezinhos (faz até pão-de-queijo) – mas perdoa dívidas milionárias de empresas financiadoras de sua campanha, ou seja, economiza mixaria, mas faz lucrar os ricaços, inclusive mediante a movimentação financeira que está afundando Minas Gerais pelo não pagamento da dívida do estado.

Por fim (?), quer (em) sucatear e vender o Estado a preço de banana, ou de pão-de-queijo. Não vão descansar enquanto não entregarem a CEMIG e a COPASA aos amigos.

É a velha política fazendo tudo como sempre fez. Basta acompanhar as votações no Congresso envolvendo projetos em favor da classe baixa: NOVO vota contra.

Quem apoia é alienado, desconhece e não acompanha e política, ou é cúmplice. De novo.

Related posts

Polícia Militar recupera veículos furtados em Divinópolis

Polícia Militar apreende 19 papelotes de cocaína

Aposta