Quem é pior?

A semana decisiva para Divinópolis e cidades Brasil afora chegou. No próximo domingo, 6 de outubro, os brasileiros vão às urnas escolher os seus representantes no âmbito municipal para os próximos quatro anos. Prefeitos e vereadores serão eleitos no país. A esta altura do campeonato, os bastidores da política, e a corrida contra o tempo estão a todo vapor. Tem valido tudo, mas tudo mesmo para chegar ou permanecer no poder. Durante estes 49 dias de campanha eleitoral, os eleitores só não viram que a política brasileira se arrasta na lama porque não quiseram. Quem se dispôs a ver um pouco que fosse, conseguiu enxergar o que lhe espera pela frente. Dentre os milhares de “pecados” cometidos durante a disputa, a falta de caráter, sem sombra de dúvidas, sobressai. E, perante este cenário, a pergunta: como confiar se antes de assumir ou continuar no poder já está assim? Definitivamente não dá. É diante desta situação, em que articulações questionáveis vieram à tona, processos por todos os lados, mentiras, manipulações, e claro, as conhecidas fake news se tornaram públicos que o povo deve sim se questionar: são esses que merecem ter uma chance de te representar?

É como diz o ditado: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. O problema é que não se tem para onde correr. Alguém deve ser escolhido. Tanto para o Poder Legislativo, quanto para o Executivo. Porém, há tantas camadas neste cenário que é impossível citar uma a uma. Mas, a principal delas é: vale tudo pelo poder? Se tem valido estas mentiras, manipulações feitas descaradamente por vários candidatos para influenciar o cenário, então não é preciso esperar mudança e melhorias. Tudo isso seguirá apenas no papel, e nos discursos bonitos da internet. Nas redes sociais, no mundo imaginário. Do lado de cá, na vida real, onde a realidade acontece, e todo este jogo sujo segue a todo vapor, tudo continuará como sempre esteve. Manipulações para lá, para cá, um povo se contentando com pouco, a saúde, a educação, segurança e infraestrutura dentro do bom e velho conhecido caos. O povo reclamando, os políticos prometendo, e pronto. Tudo da mesma maneira como foi, e parece que seguirá. A situação, claro, remete à pergunta: até que ponto o ser humano pode se arrastar na lama pelo poder? O arrependimento só vem quando são “pegos”. Caso contrário, tudo seguirá exatamente igual. 

Vergonhoso. Talvez essa seja a palavra perfeita para definir a política local, e nacional. Até que ponto um ser humano vai pelo poder? Diante tudo isso segue o impasse: quem é pior, o povo ou os políticos? Difícil responder. Afinal, se tem gente fazendo, é porque ainda tem pessoas aplaudindo, e gostando de ser enganado. Lamentável. Praticamente às vésperas das eleições os escândalos, as “exclusivas” e as denúncias seguem a todo vapor, mostrando até que ponto uma pessoa pode chegar pelo poder, pelo ego e vaidade. Desolador, ver que nesses 49 dias o cenário foi o mesmo da última, da penúltima, da antepenúltima campanha, e que não há grandes perspectivas de mudança. Tudo segue igual.

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