Ígor Borges
A semana decisiva para as eleições de 2024 começou, e com ela, os preparativos avançam ainda mais. Cinco dias antes do 1º turno, eleitores não podem ser presos ou detidos.
Além disso, as urnas já receberam as informações do eleitorado e candidatos e foram lacradas. A abertura dos equipamentos ocorre apenas no domingo, horas antes do início da votação.
Ao Agora, os candidatos ao Executivo de Divinópolis, falaram sobre a reta final de campanha.
Prisões
Outra informação importante prevista para esta semana diz respeito à proibição de prisões ou detenções dos eleitores a partir de hoje, 1º. A medida vale até a próxima terça-feira, 8, o que contabiliza 48h após a eleição.
No caso de detenção nesse período, a pessoa será imediatamente conduzida à presença do juiz competente, que verificará a legalidade da prisão. Caso o crime não se encaixe em uma das três situações citadas, a prisão será relaxada.
As exceções são para prisão em flagrante delito; em virtude de sentença condenatória por crime inafiançável; ou por desrespeito a salvo-conduto. Mesários e candidatos também não podem ser detidos ou presos, salvo em razão de flagrante, pelo período de 15 dias antes da eleição.
Urnas
Após receberem todos os dados, de eleitores e candidatos, cada urna recebeu agora oito lacres para garantir a integridade até o dia da votação.
— No dia da eleição, em cada seção eleitoral, todos esses lacres são verificados pelos mesários antes do início da votação. Se algum deles estiver danificado ou violado, a urna é substituída por uma de reserva, que também passou pelo mesmo processo de preparação — destaca.
Conforme aponta o órgão eleitoral, as urnas são armazenadas em locais com vigilância durante 24 horas, sendo transferidas aos locais de votação apenas na véspera ou madrugada do dia 6.
Disputa no Executivo
O Agora ouviu os candidatos ao Executivo de Divinópolis nesta reta final. Na contagem regressiva para o dia decisivo, ambos demonstraram otimismo. O atual prefeito e candidato à reeleição, Gleidson Azevedo (Novo), falou sobre sua campanha durante os meses de agosto e setembro.
— A campanha foi pautada em apresentar nossas propostas, sem se preocupar com a concorrente. Durante a campanha, continuo desempenhando o mesmo trabalho desde o início do mandato, que é trabalhar pelo povo. No dia 6, cabe ao povo votar para que o meu trabalho continue sendo realizado em prol do desenvolvimento de Divinópolis! — destacou.
Já a candidata Laiz Soares (PSD), disse à reportagem que o diálogo com os eleitores continua na semana decisiva.
— A cada dia, mais e mais pessoas se unem a nossa campanha em busca de mudança, acreditando que juntos podemos fazer a diferença. Estamos no caminho certo, ouvindo a população, construindo um futuro melhor, com responsabilidade e respeito por cada cidadão. Divinópolis pode mais e é por isso que estamos aqui, fortes, determinados e prontos para transformar nossa cidade! Vamos em frente, com fé em Deus, porque juntos vamos vencer! — declarou.
Regras
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há uma série de proibições. Os eleitores podem, por exemplo, usar broches, adesivos e camisetas expressando seu candidato de preferência. A exceção são os servidores da Justiça Eleitoral, mesários e escrutinadores, que não podem usar ou portar objetos com propagandas de partidos ou candidatos.
Dentre as proibições, a aglomeração de pessoas com roupas e instrumentos para propaganda eleitoral.
— Da mesma forma, é proibida a manifestação ruidosa ou coletiva, a abordagem, aliciamento e utilização de métodos de persuasão ou convencimento do eleitorado, bem como a distribuição de camisetas — reforça.
As irregularidades devem ser comunicadas às autoridades competentes.
— Qualquer cidadão que tiver conhecimento de infração penal prevista na legislação eleitoral deve comunicar ao juízo da zona eleitoral onde a irregularidade foi verificada. Juízas e juízes eleitorais poderão, a depender da natureza da infração, encaminhar as irregularidades para análise do Ministério Público — frisa.
Votos válidos
Uma das principais dúvidas dos eleitores é em relação à contabilização. Os votos válidos são aqueles em que o eleitor escolheu um candidato.
— O voto em branco ocorre quando o eleitor não quer votar em nenhum candidato e ao mesmo tempo deseja anular seu voto, clicando na tecla específica para votos em branco nas urnas eletrônicas. Já o voto nulo acontece quando o eleitor insere um número que não pertence a nenhum candidato ou partido político, podendo ser um erro intencional ou não — esclarece.
Os nulos e brancos não influenciam no resultado final.
— A diferença entre eles é somente na forma de invalidar o voto, porque, na prática, possuem a mesma função. O único reflexo que podem trazer é a diminuição da quantidade de votos que um candidato precisa para ser eleito, pois só os que forem válidos serão computados. Desta forma, o candidato que obteve o maior número de votos válidos será o vencedor, independente do turno — conclui.
Ordem
A eleição acontece no dia 6 de outubro, das 8h às 17h. O primeiro voto é para vereador, número composto por cinco dígitos. Em seguida, o eleitor deve digitar os dois números para prefeito.
— A legislação eleitoral permite o uso da colinha pela eleitora e pelo eleitor no dia da votação. Assim, a pessoa pode levar à cabine uma anotação dos números em um papel. A colinha serve para ajudar a pessoa a não errar ou a não se esquecer dos números das candidatas e dos candidatos na votação — orienta o TRE.