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O que queremos?

by JORNAL AGORA

As eleições acabaram e alguns resultados nas urnas ainda são impactantes e mostram que não são apenas os políticos brasileiros que precisam evoluir, mas principalmente o povo. Destacamos, na última semana, a quantidade de votos que candidatos visivelmente despreparados receberam e como isso reflete na sociedade. 

É impossível se calar não só diante dos votos nos “visivelmente despreparados” receberam, como também nos condenados na Justiça. De acordo com um levantamento feito pelo G1, com base em dados da Justiça Eleitoral e do Banco Nacional de Mandados de Prisão, portal mantido pelo Conselho Nacional de Justiça,  dois procurados pela Justiça foram eleitos vereadores e 18 viraram suplentes no 1º turno das eleições de 2024. A situação, assim como a quantidade de votos recebidos por quem não tinha nenhuma condição de assumir tal cargo, é um soco na boca do estômago do brasileiro. É o típico, quando a gente pensa que vai, não vai, pelo contrário, dá passos largos rumo ao retrocesso. 

Entre os crimes cometidos pelos eleitos e os suplentes estão: atropelamento e morte de uma pessoa, pensão alimentícia, estupro de vulnerável, associação ao tráfico e organização criminosa. O cenário, além de ser absurdo e escancarar a falta de comprometimento, de maturidade e responsabilidade do brasileiro na hora de votar, vem de encontro a uma pergunta: mas o que de fato o brasileiro quer? Um questionamento simples, pois definitivamente não tem como ser contra a corrupção, querer um Brasil melhor, pedir melhorias por todos os cantos, apontar o dedo, e dizer que a política é suja e não presta, se a coisa toda começa “aqui embaixo”. 

Definitivamente não tem como discursar sobre um país melhor, quando não se sabe nem o que se quer, quando não se tem maturidade e responsabilidade para escolher os seus representantes. E, para quem já está pronto para “pegar o seu pano” e tentar iniciar as justificativas para se eleger e votar em condenados pela Justiça, o momento serve apenas como reflexão sobre o que se quer de fato. 

Saber o que se quer é primordial, pois essa história de “qualquer caminho serve” é a mais pura “balela”. A verdade é que quando não se sabe para onde ir, o único caminho é o andar em círculos. Apenas isso. Alguns resultados dessas eleições não só impressionam como dizem mais sobre os eleitores do que sobre os eleitos.

Afinal, não tem como ser contra a corrupção, o crime e a violência, e eleger um condenado pela Justiça. Não tem como querer desenvolvimento, quando não se entendeu ainda a importância do cargo de um vereador, e que essa escolha envolve a escuta, o entendimento e, principalmente, a responsabilidade. Tem que saber o que se quer para tentar mudar a realidade – o mínimo que seja. É preciso ser coerente. Pois, não tem como discursar bonito contra isso ou aquilo, apontando dedos, e se colocando no lugar de juiz, quando sua escolha vai ao contrário de tudo isso. 

É sempre bom lembrar que palavras se vão com o vento, e que elas não fazem mudanças.

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