Ígor Borges
As eleições municipais passaram e, com elas, um assunto polêmico vem à tona. Os candidatos que venceram no 1° turno têm até o dia 5 de novembro para finalizar a prestação de contas à Justiça Eleitoral. Em Divinópolis, os candidatos a prefeito gastaram quase um milhão de reais. Desse valor, Laiz Soares (PSD) teve um total de despesas equivalente a R$ 876 mil. O prefeito reeleito, Gleidson Azevedo (Novo), prestou contas, até o momento, de um gasto de R$ 60 mil.
Em ambas as campanhas, um dos principais gastos foi com a produção de materiais impressos, como santinhos e adesivos.
Receitas
De acordo com o DivulgaCands, plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a divisão de receitas dos candidatos é dividida entre fundos partidários, fundo especial e outros recursos. Entenda o que é cada um:
Fundo especial: fundo público destinado ao financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos. As diretrizes gerais para a gestão e distribuição dos recursos deste fundo são regulamentadas pela Resolução-TSE nº 23.605/2019.
Fundo partidário: constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.
Outros recursos: doações feitas pelos apoiadores ou pelo próprio candidato. Pode ser feito apenas por pessoas físicas
Em Divinópolis, a candidata Laiz Soares recebeu R$ 950 mil de fundo especial da Direção Nacional do Partido Social Democrático. Segundo a plataforma do TSE, outras formas de doação não foram utilizadas.
Já Gleidson teve uma receita total de R$ 70.268,77. Deste valor, 30 mil reais foram provenientes de uma doação de filiados do partido Novo, enquanto o restante foi de de apoiadores e recursos próprios.
Despesas
Em relação às despesas, até o momento, os candidatos prestaram conta de mais de R$ 937 mil. Um dos principais gastos de ambos foi com a produção e impressão de materiais físicos de campanha, como adesivos e santinhos.
Até então, Gleidson prestou contas de R$ 60.748,37 gastos durante sua campanha. Deste valor, R$ 37 mil foram para a produção de materiais de campanha. Outro gasto foi com a gravação e edição de propaganda eleitoral para TV.
Laiz fez prestação de contas de R$ 876.297,41 até o momento. O principal gasto foi com serviços de consultoria de marketing político. O segundo maior foi com a produção de santinhos e adesivos.
Candidatos
À reportagem, Gleidson disse que sua campanha não usou dinheiro de fundo eleitoral.
— Os recursos utilizados na minha campainha foram 100% doações de pessoas físicas. O balanço que faço é que dá para fazer e vencer a corrida das eleições sem a utilização de dinheiro público — destacou.
Laiz também falou sobre o assunto com o Agora. Para ela, a prestação de contas é essencial.
— Durante toda a campanha tivemos compromisso com recurso público, eu sei da seriedade que é o dinheiro público. Geramos muito emprego na campanha. Estamos terminando essa prestação de contas também dentro da legalidade, tudo está correto. A campanha só foi possível graças a esse recurso — explicou.
Resultado
Gleidson e sua vice, Janete Aparecida (Avante), foram reeleitos com 71,54% dos votos válidos. Em números, 83.298 divinopolitanos elegeram os atuais mandatários. A chapa adversária, encabeçada por Laiz Soares (PSD), com Ademir Silva (PSDB) de vice, teve 28,46% dos votos válidos (33.134).