Debate

Talvez um dos grandes simbolismos destas eleições é como os debates se tornaram reféns das redes sociais. Em mais um embate entre Boulos (Psol) e Nunes (MDB) pela Prefeitura de São Paulo, muitas cenas que parecem ensaiadas para publicação nas redes sociais, com provocações e críticas pessoais. Basta abrir os perfis de ambos para ver a quantidade de cortes publicados. Dá para criticar? Afinal, hoje, a política exige expertise para lidar com as plataformas digitais. 

Diálogo

No cenário nacional, prefeitos e vereadores com essa capacidade de dialogar com os eleitores no campo digital, com dancinhas, brincadeiras e outros conteúdos, quase todos se saíram bem nas urnas. Não é demérito lidar bem com as tecnologias. A questão é quando elas passam a pautar e moldar discursos, produzidos milimetricamente para favorecer o algoritmo. Problemas complexos exigem soluções e respostas complexas. Nem tudo cabe em um story ou reels. Por isso, é preciso ter racionalidade na hora de avaliar um debate e entender quais propostas e discursos de fato encontraram sustentação no mundo real. 

Apagão

Obviamente, um dos principais temas foi o apagão em São Paulo após as chuvas. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o apagão já causou R$ 1,65 bilhão em prejuízos aos empresários. E, por vezes, em vários problemas com esse e tantos outros, perde-se mais tempo tentando identificar culpados do que viabilizando soluções. 

Exemplos não faltam

Um dos grandes trunfos da política é o planejamento. Não se trata de torcer pelo pior, mas estar preparado para ele. As fortes chuvas no Rio Grande do Sul e as consequências do temporal em SP mostram a necessidade dos gestores estarem preparados para lidar com os eventos climáticos. Não dá mais para considerar a força da natureza como imprevisível diante de tantos exemplos. Obviamente, é um esforço conjunto, que exige comprometimento e responsabilidade entre todos os atores envolvidos. 

Qual fim terá?

Avançaram, no Congresso Nacional, as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) para limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo dos apoiadores das propostas é dar aos deputados e senadores a prerrogativa de derrubar determinadas decisões dos ministros. Dois parlamentares, porém, já enviaram ao Supremo ações de inconstitucionalidade sobre as matérias em trâmite, com o objetivo de barrá-las. Ainda não há data para as decisões, mas pano para manga não falta. Isso para além da tentativa de impeachment contra Alexandre de Moraes. Uma história ainda sem final claro, fruto de uma relação conturbada de altos e baixos. 

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