Horário de verão não volta neste ano e Cleitinho celebra

Da Redação

A decisão da não adoção do horário de verão veio na última quarta-feira, 16, através de um anúncio feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O governo federal alega que a medida não entrará em vigor neste ano devido ao aumento, de forma significativa, das chuvas em determinadas hidrelétricas.

A possível volta da iniciativa voltou a ser debatida pelo governo por causa dos baixos níveis nos reservatórios das hidrelétricas no país. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o período de junho a agosto deste ano registrou o menor volume de chuvas em 94 anos. 

Para reverter a situação, durante o ano, as usinas termelétricas foram acionadas para manter o abastecimento de energia nas cidades. Além disso, a bandeira vermelha patamar 2 foi adotada no início de outubro, como forma de custear o gasto com as termelétricas e também, é uma forma de fazer com que as pessoas adaptem seu consumo e reduzem o consumo.

Horário de verão 

A estratégia consiste em adiantar uma hora em relação ao horário oficial de Brasília. Ela foi criado no Brasil em 1931 e funcionou de forma contínua entre os anos de 1985 até 2019.

O horário de verão é utilizado em vários países do mundo e tem como objetivo diminuir o consumo de energia elétrica. Com o adiantamento de uma hora, as pessoas e empresas podem encerrar suas atividades ainda com a luz do sol, evitando com que muitos equipamentos sejam usados ao mesmo tempo que a iluminação noturna.

Discussão para 2025 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou a adoção da medida para este ano, porém deixou claro que a medida deve ser debatida novamente em 2025.

— Nós temos a segurança energética assegurada. Há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025 — explicou.

Silveira ainda destaca que a medida não deve ser associada a discursos políticos ideológicos e visões estereotipadas, o que pode atrapalhar a tomada de decisões estratégicas. 

— É importante que ele seja sempre considerado, ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político —  reforçou.

Senador Cleitinho

Em um pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira, 16, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) celebrou a decisão do governo de não retomar o horário de verão. O senador afirmou que a mobilização popular contra a medida teve impacto.

— A gente começou a fazer uma mobilização nacional, pedindo para que a população brasileira se manifestasse. Foi feito isso. Marcaram o Lula várias vezes para que ele não deixasse voltar esse horário de verão — comentou.

Imposto de Renda maior para políticos

Ainda durante o mesmo discurso, o senador comentou um projeto de lei que está sendo elaborado para aumentar a alíquota do Imposto de Renda para os políticos. Segundo ele, a proposta sugere um acréscimo de 15 pontos percentuais, elevando a carga tributária para 42%, como forma de compensar a isenção do imposto para quem ganha até R$5 mil. 

O parlamentar argumenta que a classe política deve dar exemplo.

— Porque aquele que ganha R$ 5 mil não tem direito a privilégio ou regalia, e não vai mudar muita coisa para nós. Temos auxílio-paletó, nós temos auxílio-moradia, nós temos verba indenizatória de auxílio-alimentação, temos plano de saúde vitalício, temos um monte de coisa. O trabalhador, o empreendedor são fontes de riqueza. Nós somos fonte de despesa. Então, somos nós que temos que cortar da própria carne — disse.

Além dos temas abordados, ele defendeu a valorização dos professores, comparando os baixos salários da categoria com os benefícios dos políticos. Cleitinho ressaltou a necessidade de ações concretas em vez de discursos no Dia dos Professores.

Com informações da Agência Senado.

Related posts

Dupla com envolvimento em tráfico de drogas é presa em Lagoa da Prata 

Flicar chega à sua 6ª edição

Dirigentes de Galo e Raposa participam de reunião na sede da Conmebol