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Mastite bovina: é melhor prevenir

by Portalagora

 

Da Redação

Uma grande inimiga de quem produz gado leiteiro é a mastite – doença infecciosa que ataca as glândulas mamárias, coloca em risco a vida dos animais e gera prejuízos ao negócio.  Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), essa é a mazela que mais ocorre nos rebanhos produtores de leite devido às altas incidência de casos que não são perceptíveis a olho nu.

A veterinária e pesquisadora Maria Ribeiro explica que, ao atacar as glândulas mamárias, microrganismos passam a se nutrir dos componentes do leite e se multiplicam. Durante o processo, são produzidas toxinas que causam danos ao tecido mamário e atraem leucócitos (células somáticas) do sangue para o leite para destruir os invasores.

Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos se dilatam e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Entre elas, estão os íons de cloro e sódio que deixam o leite com sabor salgado e enzimas que causam alterações na proteína e na gordura.

– Por causa das lesões do tecido mamário, as células secretoras ficam menos eficazes, com menor capacidade de produzir e de secretar leite. Ocorre também a morte das células e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção – detalha.

Prejuízos

A mastite afeta o caixa da fazenda quando gera a necessidade de descartar o leite contaminado e retirar os animais contaminados do ciclo de ordenha. O tratamento exige gastos com medicamentos e veterinário. Ainda assim a vaca contaminada corre risco de morrer.

Estudos realizados no Brasil mostram que quartos mamários com mastite subclínica produzem em média 25% a 42% menos leite do que quartos mamários normais. Nos Estados Unidos, estima-se que o custo por vaca/ano devido à mastite seja de aproximadamente US$ 185, o que corresponde a um custo anual de US$ 1,8 bilhão. Esse valor corresponde a aproximadamente 10% do total de leite vendido pelos produtores. Deste, cerca de dois terços correspondem à redução na produção de leite devido à mastite subclínica.

 

Como prevenir e tratar a mastite bovina

Essa é uma doença que pode ser causada por uma grande variedade de agentes, inclusive bactérias, micro plasmas, leveduras, fungos e algas. Um conceito importante no diagnóstico e controle da mastite é que os patógenos mais comumente encontrados podem ser classificados em dois grupos.

Contagiosos – São aqueles cujas principais fontes de infecção para o rebanho são o úbere ou canal da teta infectados, ou lesões nas tetas infectadas. A disseminação desses agentes se dá de um quarto infectado a outro ou de uma vaca para outra durante o processo de ordenha.

 Ambientais – Estão normalmente disseminados no solo, utensílios, dejetos, água ou outros locais e podem atingir a extremidade da teta a partir daí.

A melhor forma de evitar a doença no rebanho é a higiene no momento da coleta do leite. É preciso lavar, desinfetar e secar as tetas com toalhas de papel descartável. Em seguida, fazer o teste da caneca, coletando os primeiros jatos de leite em um recipiente portátil que tenha uma tela com furos bem pequenos.

Em animais sadios, o leite sai limpo e a vaca pode ser ordenhada normalmente. Se a peneira na caneca barrar alguns flocos no leite, é sinal de mastite. Neste caso, a vaca precisa ser submetida a tratamento imediato e passar a ser ordenhada por último, até esgotar o úbere. Em seguida, o retireiro precisa aplicar antibióticos direto nas tetas, uma vez por dia. Esse tratamento dura, em média, três semanas. Durante esse período, todo o leite da vaca afetada precisa ser descartado.

É que os antibióticos têm período de carência, no qual o leite não pode ser consumido. Ao primeiro sintoma da doença, o veterinário precisa ser chamado, pois, quanto mais a contaminação avança, maiores os riscos à saúde do animal e, claro, ao departamento financeiro da fazenda.

 

 

 

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