José Carlos de Oliveira
Caráter, se tem ou não!
É simples assim. As pessoas são reconhecidas, e/ou não queridas, por suas atitudes. Quem gosta de levar vantagem não tem caráter nenhum e é mesmo é digno de compaixão. Essa é uma verdade inquestionável e nem adianta chorar e vir com conversa mole, inventando mil desculpas para determinadas ações e atitudes.
Sem mais, nem menos. E o primeiro gol do América, no triunfo de sábado frente ao Santos, por 2 tentos a 1, pelo Brasileirão da Série B, foi, sim, um lance que deve ser condenado e censurado por todos que tenham um pingo de vergonha na cara.
Hipócritas, quem mané?
Para o atacante Rafael Marques, autor do gol e figura central da polêmica, ainda dá para se dar um pequeno desconto, simplesmente pelo fato de ele ter tomado a atitude no calor da partida (talvez) sem pensar devidamente (ou será que não foi assim?), mas ao volante Alê, que criticou aqueles que condenaram o lance, chamando a todos de hipócritas, foi lamentável.
Seria até o caso de se perguntar ao dito cujo quem seriam realmente os hipócritas? Quem criticou o lance ou ele, que se arvorou em dono da verdade? Se liga na realidade, mané, e me fale com sinceridade quem realmente é hipócrita? Quem defende o certo e tece críticas ao lance do gol ou você, que se julga acima do bem e do mal?
Foto: Reprodução
O goleiro João Paulo levantou a mão, anunciando que se contundiu, mas mesmo assim Rafael Marques seguiu com a jogada e abriu o placar no Horto
Marcado para sempre
Quanto ao jovem atacante Rafael Marques, que desponta agora para o futebol como uma promessa da base do Coelho, mas que gosta mesmo é de entrar numa polêmica, fica a lição, da qual nunca mais se esquecerá. Passaram-se os anos, ele vai até aposentar as chuteiras daqui algumas temporadas, mas sempre será lembrado como sendo o jogador que se aproveitou da contusão de um colega de profissão para se dar bem.
Tem lances dos jogos que ficam para a história, e esse também ficará, para ser lembrado não com alegria, mas com tristeza, com um alerta do que não se pode e nem se deve fazer.
Byanca Brasil é seleção
E por falar em atitude que marcam determinados jogadores, a da camisa 10 da Raposa também não passará em branco e será sempre lembrada pela China Azul. Agradecida ao clube que defende, que lhe proporcionou voltar à seleção depois de sete longos anos de espera, a atacante e capitã do time feminino do Cruzeiro se apresentou em Recife no domingo vestindo a camisa do clube estrelado, e festejando o seu novo momento.
— Sensação única! Estava muito ansiosa para esse momento, acho que só agora que a ficha está caindo. Muito importante, sei o quanto trabalhei, e quanta coisa passei, para poder chegar nessa oportunidade. Então, espero aproveitar, aprender muito, e ficar muito mais pronta no fim dessa convocação — comemorou.
