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Homenagem para Divinópolis – Coluna Entre Aspas

by JORNAL AGORA

HOMENAGEM 

A edição do Entre Aspas de hoje é dedicada à nossa querida cidade de Divinópolis que comemora hoje 112 anos de emancipação político-administrativa. Vamos, nesta oportunidade, discorrer sobre símbolos e pontos turísticos do município. 

PARABÉNS, PRINCESA DO OESTE!!

SÍMBOLOS E PONTOS TURÍSTICOS DE DIVINÓPOLIS 

  • Santuário de Santo Antônio

O Santuário de Santo Antônio não é o monumento mais antigo, mas tem representação histórica. Ele foi construído na década de 40, segundo Elizeu Ferreira. “Representa a ascensão da igreja em Divinópolis. É uma referência histórica da Igreja Católica. O Santuário tem ainda uma parte interna tombada como patrimônio histórico”, disse a historiadora Karine Mileibe: “Essa igreja representa a vinda dos franciscanos para a cidade. Eles tiveram um papel muito relevante na cultura, educação e para a história da cidade. Foram os franciscanos que fundaram a primeira faculdade do município”.

  • Ponte de Ferro 

A Ponte de Ferro do bairro Niterói é um importante monumento que, segundo a historiadora, tem forte ligação com o Rio Itapecerica. “Representa o surgimento da Ferrovia Centro Atlântica e marca o desenvolvimento da cidade a partir do século XIX. Foi a chegada da revolução industrial no Arraial do Divino Espírito Santo”, destacou Mileibe. De acordo com o historiador Elizeu Ferreira foi inaugurado em 1911, onde passou pela primeira vez o trem que fazia a linha Belo Horizonte até Divinópolis. “Importante porque essa ponte faz a ligação entre a capital, o Centro-Oeste e o Triângulo Mineiro. Foi desativada em 2004 e desde então ficou como ponto de representação do município. É uma passarela histórica”, contou Elizeu Ferreira. 

  • Museu 

O museu da cidade encanta os moradores e visitantes. Atualmente, ele é o prédio mais antigo de Divinópolis, de acordo com Ferreira. O historiador afirma não data exata de fundação do local, mas provavelmente a obra seja da década de 1940. De acordo com Karine Mileibe, sobrou apenas parte do que era quando foi construído, ainda no Arraial do Divino Espírito Santo. “Existia uma outra matriz, que não é a atual, que ficava um pouco à frente do museu. Ao contrário do que se pensa, esse monumento passou por muitas alterações. Parte do prédio foi demolido”, explicou. No local já funcionaram várias instituições como as escolas Dona Antônia Valadares e Monsenhor Domingos. “Em 1977 teve um incêndio e essa última escola teve que ser transferida. Em 1982 o prédio quase foi derrubado. As pessoas se manifestaram e não deixaram derrubar a parte da frente. O que sobrou não é nem um terço do original”, lembrou. 

  • Teatro Gravatá 

Quem vê o Teatro Municipal Usina Gravatá, que hoje é palco de inúmeros espetáculos, não imagina que o local já esteve por anos abandonado e no lugar já funcionou uma indústria importante historicamente para a economia de Divinópolis. O monumento localizado em uma região nobre do município foi construído em 1932 para abrigar uma usina de produção de álcool a partir da mandioca e o nome é uma homenagem ao engenheiro responsável pela usina à época, Antônio Gonçalves Gravatá. Após a desativação, o local foi abandonado e nos anos seguintes foi reformado para ser um dos mais importantes pontos culturais de Divinópolis. “Na época da guerra essa usina produzia muito. Depois do fim da segunda guerra a usina foi desativada e, no início da década de 80, comprada pelo município, e demorou até se tornar o teatro, só em 2007 se tornou palco de espetáculos”, destacou a historiadora. 

  • Maria Fumaça 

A Maria Fumaça localizada no Bairro Esplanada chama atenção pela perfeição. Olhando o monumento também não se pode imaginar que a locomotiva já transportou milhares de pessoas, quando a Ferrovia Centro Atlântica se instalou na cidade. “Ela foi construída na década de 40, durante a segunda guerra mundial. Essa Maria Fumaça fazia viagens nas linhas do município. Foi um marco, pois representa a vinda da ferrovia para Divinópolis. E quando a ferrovia se instalou no município, terrenos foram comprados para a construção da vila operária. Tudo era novidade na época”, destacou Karine Mileibe. Elizeu destaca que essa foi a terceira locomotiva construída em Divinópolis e que todas eram identificadas por números. “Essa do bairro Esplanada era a número 340. A primeira foi a 225 e a segunda foi a de número 339. Muita gente já usou essa locomotiva para trafegar nacionalmente. Ela era movida a vapor e fez por muitos anos toda a rota do estado até Goiás. Puxava, junto com os passageiros, alguns tipos de carga. Essa locomotiva rodou até o princípio da década de 70”, relembrou. 

  • Antiga Estação 

A antiga estação ferroviária foi construída em 1916 e é um espaço tombado como patrimônio histórico de Divinópolis. Segundo Mileibe, é um dos monumentos mais antigos da cidade e em 2016 completou 100 anos. “Trata-se de um prédio da União e está cedido em partes para a Ferrovia Centro Atlântica. No local também já funcionou a Secretaria de Cultura”. Elizeu acrescentou que toda história da ferrovia de Divinópolis passou por lá. “Quem vê o local hoje não imagina a importância nacional que esse lugar teve. Era uma rota nacional, as locomotivas saíam de Belo Horizonte, passavam por Divinópolis e seguiam até Goiânia. Tinha tanto os trens para passageiros quanto para cargas. A estação teve uma influência muito grande na época, pois não tinham muitas estradas e tudo que era destinado a outros estados passava pelo local”, afirma Elizeu. “Nessa estação também ocorreram muitos movimentos grevistas dos ferroviários que às vezes queriam reivindicar melhorias salariais e melhores condições de trabalho e era a referência da época. É um dos monumentos mais antigos de fato”, finaliza o historiador. 

  • Mercado Municipal 

Inaugurado no dia 1º de junho de 1959, o Mercado Municipal de Divinópolis ficou conhecido pelas variedades de produtos comercializados e chegou a ser considerado um dos mais modernos do país nos anos 50. “Muita gente olha o mercado hoje e não imagina que ele já recebeu visitantes de toda região e contou, durante muito tempo, com todos os tipos de armazéns e produtos. Por isso ele foi considerado um dos mais modernos”, relembrou Ferreira. Quando foi inaugurado o mercado contava com 54 lojas, 56 boxes, um bar, um restaurante e aviários. Mesmo levando o nome de Mercado Municipal o espaço foi construído com recursos privados e o projeto é de autoria de Joaquim Nunes Valério. O tombamento está em andamento, segundo a Secretaria de Cultura de Divinópolis. “O local foi considerado inovador, sendo o primeiro mercado construído neste estilo. Inclusive foi muito comparado ao estádio Maracanã no Rio de Janeiro pela sua forma externa”, destacou o historiador. O mercado ocupa uma área de nove mil metros quadrados e fica localizado no entroncamento da Rua Itapecerica com Avenida Antônio Olímpio de Morais. O historiador Elizeu Ferreira, conta que antes da construção do mercado o terreno serviu como cemitério e era também onde funcionava a antiga capela de Nossa Senhora do Rosário, estruturas demolidas em 1958. “É exatamente por isso que o mercado carrega a lenda de ser mal assombrado e é cheio de histórias e curiosidades de terror”, explicou.

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