Raquel Couto
O ano de 2024 começou, carnaval e Páscoa ficaram para trás, já estamos em julho e com ele, várias são as expectativas. Afinal, como será o ano? 2024 pode ser uma repetição de 2023 – ou até pior – dependendo de como você irá lidar com o tempo durante os 365 dias. Porque não basta estabelecer metas, fazer a lista dos objetivos e até mesmo traçar um planejamento. É preciso mais do que isto: é preciso colocar a mão na massa. E já!
Porque é a partir do movimento, da ação que o planejamento e os objetivos podem se tornar realidade. Sua próxima ação significa o próximo passo em direção ao objetivo. Esta ação não precisa ser grandiosa ou definitiva; afinal, não é de uma hora para outra que os objetivos são alcançados. Esta ação precisa ser consistente quando falamos em projetos de vida. E para consistência é preciso constância. Um pouco de ação e movimento todo dia.
Não se cumpre uma meta ou se atinge objetivos com uma única ação. Pelo contrário. As ações em direção às metas são o resultado do conjunto de esforços combinados diariamente. Planejamento, estratégia, confiança e, o cimento que liga isso tudo; ação. Pergunte-se: a partir das metas listadas para 2024, qual o próximo passo, qual a ação necessária? E mova-se para realizar. Ou aquela lista de metas e todo planejamento não serão mais do que um amontoado de palavras. O ano começou; comece junto com ele, você também!
Para o filósofo ateniense Sócrates, que viveu na Grécia durante o período Clássico (400 anos antes de Cristo), nada era mais importante para o ser humano do que conhecer a si. Sócrates passava horas conversando com seus discípulos ajudando-os nesta tarefa de autoconhecimento. O filósofo desejava que todos alcançassem a sabedoria e fossem líderes de si mesmos.
Apesar dos quase 2.500 anos decorridos, a proposta de Sócrates é perfeita para o homem contemporâneo do ano 2024 em que é preciso criar estratégias e até intenções verdadeiras sobre o que deseja atingir, seja no âmbito pessoal, seja profissional.
A autogestão é um exercício e, como tal, pode levar algum tempo para dar os resultados desejados. Exige da pessoa: persistência, disciplina, constância e estabelecimento e cumprimento de metas. Para estes casos, a disciplina é grande amiga pois nem todos os dias estamos motivados. É preciso lembrar que nem sempre teremos alguém a nos motivar, elogiar ou apontar caminhos. Então, o líder de si mesmo é disciplinado, fazendo o que precisa ser feito, querendo ou não, ao invés de ficar esperando as boas palavras de alguém para colocar-se em ação.
Somente sendo um bom líder de si mesmo será possível ser líder de uma equipe, pois atitude, quando falamos de pessoas, é tudo. O ser humano pode aprender o que fazer – e o que não fazer – observando o outro. Ninguém tem, sozinho, todas as aptidões ou fraquezas. Um líder de si mesmo deve se perguntar quais são as suas; identificá-las e atuar a partir de ambas: as aptidões devem ser potencialidades. As fraquezas podem ser trabalhadas e atenuadas para não causar prejuízos.
Nascemos e vivemos em sociedade; entretanto, somos indivíduos, o que significa a necessidade de autorresponsabilidade. O líder de si mesmo não culpa o outro, o tempo, a chuva, a circunstância. Tudo isso pode até existir, porém ele se questiona diariamente na busca constante de melhorar, nem que seja 1% todos os dias!
Raquel Couto – é trainer de Neuro-Semântica, Meta-Coach e consultora de desenvolvimento de liderança através do feedback. Conselheira da Sociedade Brasileira de Neuro-Semântica.
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