Dividindo a Franja
Por Júlia Satiro
Quando você acha que as coisas vão melhorar, surge mais um problema amoroso. Se o assunto gira em torno da realidade do namoro contemporâneo, não dá para não falar sobre a prática de tortura psicológica em voga atualmente: o ghosting. Muitos ainda não conhecem o fenômeno por esse nome, e acredito que a expressão “tomou chá de sumiço” traduz bem o que a palavra inglesa quer dizer. Derivada da palavra ghost, que se traduz como “fantasma”, a essência desse negócio consiste em cortar conexões: o praticante do ghosting, feito um fantasma, sumirá, ou melhor, vai parar de falar contigo sem justificativa alguma. Não adianta mandar mais mensagens, ele vai ignorar – daí você finalmente para de tentar por causa do seu orgulho ferido.
Eu mesma já passei por isso e, na maioria das vezes, não se consegue entender a razão do tratamento de silêncio. Nesse ponto, você conjectura: será que eu fiz alguma coisa errada? As vítimas criam uma lista mental de paranoias, mas talvez o motivo do desaparecimento alheio nem caiba dentro delas. Os ansiosos se identificam quando eu falo que não ter certeza é motivo de crise, e a tortura age justamente nessa parte: você nunca vai saber o porquê.
Existe uma nuance ainda mais agressiva disso, possibilitada pelas redes sociais: a pessoa não te responde, mas ainda curte boa parte das suas publicações – demonstrando que não te esqueceu, apenas deliberadamente não quer te responder. Nessas horas, a gente deseja que a tecnologia fosse mais avançada para que pudéssemos enviar um soco de direita pela telinha de cinco polegadas. Como uma pessoa que prefere ouvir verdades ruins, eu gostaria que meus ghostings pretéritos tivessem a capacidade de serem honestos comigo, ao invés de apenas se retirar como se nada tivesse acontecido. Eu também gostaria de ter dado um tom mais cômico a essa crônica, porém considero a prática do ghosting tão patética que não consigo destilar dela nenhuma piada – o que é contraditório à interpretação bem razoável de que o ghosting pode ser, na verdade, um livramento: aos que gostam de pensar positivo, imaginem que é apenas a vida te poupando de uma conversa madura com um sujeito imaturo.
Festival
Merecidamente, o cineasta Alisson Resende concorre a mais um festival internacional com seu curta-metragem “Tempo”, mesmo dois anos depois de seu lançamento. O Festival Internacional Cinemaz acontece dia 17 de agosto, e já estamos na torcida por mais um prêmio com essa produção 100% independente.
Agora Gastronomia
Falta pouco para matarmos a saudade do Agora Gastronomia. E, mais uma vez, o Restaurante Peixe Dourado é capa da edição da revista. O evento, que reúne gastronomia, informação, música e entretenimento, vai além dos limites do restaurante e ganha também as ruas, pois os convidados serão recebidos na rua Olinda. O evento de lançamento tem como patrocinador master a Multimarcas Consórcios, e ainda conta com o apoio das empresas: Botanicals, Comunicar Placas, Cred+ e Rosvan Jóias. No conteúdo do impresso, receitas, dicas, curiosidades, os melhores empreendimentos gastronômicos e histórias de marcas do gênero.
Identidade Visual
Toda a identidade visual do Agora Gastronomia tem a assinatura de Rosângela Vasconcelos e sua equipe da Tuez Design. Cada detalhe foi pensado para surpreender, a começar pelo convite que, em breve, os convidados vão receber e se surpreender.
O lançamento
Além da revista, uma noite recheada de mimos para os participantes da edição, sorteio de prêmios especiais e, claro, shows. Quem abre a noite é a cantora Nadieny Clementino, e logo após tem Tales e Júnior. Na próxima semana, divulgaremos a lista de brindes e mais detalhes da noite. Ah, e Janaína e Danilo, os anfitriões do restaurante Peixe Dourado, prepararam promoções exclusivas para a noite de lançamento.
