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Sindicato protesta contra novo aumento nos preços dos combustíveis 

Diante do agravamento da situação, o Sindtanque já tem mobilizado seus associados e mantido contato com outras entidades 

by JORNAL AGORA
Foto/ Divulgação/Sindtanque - Sindicato vai cobrar das autoridades medidas para a redução de impostos e taxas

Da Redação

O sentimento entre os transportadores de combustíveis e derivados de petróleo é de insatisfação, em meio aos recentes aumentos anunciados pela Petrobras no último dia 9. O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, expressa preocupação e alerta sobre os impactos negativos dessas mudanças. Para ele, o momento atual não é propício para reajustes nos preços dos combustíveis.

Segundo Irani Gomes, os aumentos anunciados pela Petrobras são especialmente prejudiciais para o setor de transporte de combustíveis, que já enfrenta uma série de desafios econômicos e operacionais. O custo do diesel, essencial para as operações das transportadoras, têm um impacto direto nos custos operacionais das empresas, afetando a rentabilidade e a sustentabilidade do setor.

Situação financeira

Gomes enfatiza que, em um contexto de recuperação econômica e de inflação elevada, reajustes nos preços dos combustíveis agravam ainda mais a situação financeira das transportadoras. Os aumentos de custo não podem ser facilmente absorvidos pelas empresas e acabam sendo repassados aos consumidores, contribuindo para a elevação dos preços de bens e serviços em geral. Isso cria um ciclo vicioso de aumento de custos que afeta toda a cadeia produtiva e o poder de compra da população.

—  Ainda que desta vez a Petrobras não tenha reajustado o preço do diesel nas distribuidoras, os demais aumentos já estão refletindo no custo do combustível, que corresponde a cerca de 60% dos gastos dos transportadores. Temos cobrado do governo federal sensibilidade, para evitar aumentos como esses. Hoje, tanto a sociedade quanto nós, transportadores, temos vivido no limite da sobrevivência — avalia o presidente do sindicato. 

Efeito cascata

A expressão “é uma espécie de efeito cascata” descreve de forma precisa o impacto das flutuações nos preços dos combustíveis sobre a economia. Quando os preços da gasolina, do biodiesel e até do gás de cozinha aumentam nas bombas, o diesel também tende a ficar mais caro, mesmo na ausência de um reajuste oficial. Esse fenômeno ocorre devido à interdependência entre os diferentes tipos de combustíveis e ao papel crucial que o diesel desempenha no transporte de mercadorias.

De acordo com Irani, é uma situação insustentável, pois o valor do frete não acompanha os aumentos nos preços do diesel.

— É uma espécie de efeito cascata. Se aumentam os preços da gasolina, biodiesel e até do gás de cozinha nas bombas, o diesel também acaba encarecendo, mesmo sem um reajuste oficial. Isso onera significativamente os custos do frete. É uma situação insustentável, pois o valor do frete não acompanha os aumentos nos preços do diesel. Com isso, a conta não fecha, e continuamos amargando sérios prejuízos  — explica o líder sindical.

O impacto nos custos de frete não se limita apenas ao transporte de mercadorias. Ele afeta também o setor agrícola, uma vez que muitos maquinários agrícolas dependem do diesel para operar. Isso pode levar a um aumento nos custos de produção agrícola, que por sua vez, se reflete nos preços dos alimentos. Dessa forma, o aumento no preço do diesel pode ter um efeito dominó, elevando o custo de vida de maneira geral.

— Portanto, a escalada nos preços dos combustíveis, como a gasolina e o gás de cozinha, resulta em um efeito cascata que impacta a economia de diversas formas. O aumento no preço do diesel, mesmo sem um reajuste oficial, onera significativamente os custos do frete, afetando toda a cadeia produtiva e, eventualmente, o bolso do consumidor final — avalia o economist Lazaro Ribeiro. 

Mobilização do setor 

Diante do agravamento da situação, o Sindtanque já tem mobilizado seus associados e mantido contato com outras entidades representativas do setor no país para debater e combater os aumentos. 

— A ideia é bater nas portas dos governos federal e dos estados para que esses aumentos sejam revistos. Além disso, vamos continuar cobrando das autoridades medidas para a redução de impostos e taxas de insumos e serviços que incidem sobre os custos do frete — informa Irani Gomes.    

Preços

Um levantamento recente realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) revelou informações importantes sobre a variação dos preços do diesel S10 na cidade. A pesquisa foi na última semana, a seis pontos de venda e constatou que o preço médio do diesel S10 era de R$ 5,87. O valor mais baixo encontrado foi de R$ 5,59, enquanto o mais alto chegou a R$ 6,29.

Esse estudo destaca um aumento no preço médio do combustível, que subiu R$ 0,08 em comparação com os valores coletados na semana anterior, entre os dias 30 de junho e 6 de julho. Naquele período, o preço médio era de R$ 5,79, com o menor valor em R$ 5,59 e o maior em R$ 6,09. A diferença representa um incremento de 1,38% no preço médio do diesel S10 em apenas uma semana.

— Esse aumento no preço do diesel S10 em Divinópolis reflete uma tendência de alta nos custos dos combustíveis, o que pode ter diversos impactos econômicos. A elevação dos preços dos combustíveis, especialmente do diesel, pode influenciar diretamente os custos de transporte e, consequentemente, o preço de bens e serviços que dependem da logística rodoviária — analisa o economista. 

Pesquisa 

Em um cenário econômico onde o controle de custos é essencial, especialmente para setores que dependem do transporte rodoviário, o monitoramento dos preços dos combustíveis e a busca por alternativas mais econômicas se tornam práticas fundamentais. Assim, informações como as fornecidas pela ANP são essenciais para consumidores e empresas tomarem decisões mais informadas e ajustarem suas estratégias de gestão de custos.

— Além disso, essa variação de preços dentro da cidade, com diferenças significativas entre o valor mais baixo e o mais alto, demonstra a importância de os consumidores estarem atentos aos locais onde abastecem seus veículos. A diferença de R$ 0,70 entre o menor e o maior preço registrado pode significar uma economia considerável no longo prazo para motoristas e empresas de transporte — alerta Ribeiro. 

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