O pedido da defesa de Eduardo Print Jr (PSDB) negado nesta semana pelo juiz Mauro Riuji Yamane marca mais um capítulo desse enredo que começou no ano passado. Entre as solicitações estava o retorno ao cargo de vereador, do qual está afastado há quase dez meses. Na avaliação do magistrado, os indícios apresentados até o momento justificam a manutenção das medidas cautelares atualmente impostas, incluindo a proibição do acesso às dependências da Câmara. O juiz revogou apenas a proibição do contato entre corréus e investigados. Na alegação dos profissionais que defendem o vereador, a incomunicabilidade foi determinada sob o argumento de preservação da coleta de provas e, uma vez concluída a audiência de instrução, não há mais necessidade da medida. Porém, tanto a defesa quanto Print Júnior contestam as outras negativas do juiz e vão recorrer. E não é só isso. Depois de todo esse período calado, o pesedebista promete soltar o verbo e revelar os motivos que permeiam as negativas dos pedidos junto à Justiça. Ai ai ai!
Galileu e Marra
A presença de cerca de 200 pessoas na Câmara para convenção do Partido Renovação Democrática (PRD), teve a presença, além do vereador Flávio Marra, do ex-prefeito Galileu Machado, que definiu na semana passada que irá disputar uma vaga no Legislativo depois de atuar por mais de 40 anos no Legislativo. Marra, pelo fato de o partido caminhar sozinho, tinha uma certa preocupação, pois vai precisar de muitos votos para conseguir seu objetivo, que é a reeleição. Com a chegada de Machado, a situação muda de figura, pois a expectativa de ele ter uma votação expressiva é grande. Assim, ele se elege e leva pelo menos mais um. Incluindo os dois, o partido confirmou na convenção, 6 mulheres e 12 homens na chapa. Quem sabe nesta nova formatação de votos, uma mulher não vai. Fica a torcida. Ô peleja para isso acontecer. Machismo impregnado também nelas, que preferem votar em homens. A cada eleição isso fica provado.
De volta
Outra convenção realizada nesta semana foi a do PL do ex-presidente Bolsonaro, que tem em Divinópolis, o deputado Domingos Sávio, como principal referência. No encontro, foi oficializado um nome que não chegou a ser surpresa: o do Sargento Elton. O militar reformado já exerceu o cargo de vereador, renunciou ao mandato, a pedido da família, conforme suas alegações, e não voltaria à política. Mas depois, se candidatou à Prefeitura, sendo uma das nove chapas nas eleições passadas. Agora, está de volta e vai disputar novamente uma cadeira na Câmara. Outro rosto confirmado na reunião e que também já passou pelo Legislativo, é o médico Delano Santiago. Sargento Elton tem o apoio dos irmãos Azevedo, e, com Delano não é diferente. A briga vai ser boa.
Agora é lei
Foi publicada no Minas Gerais, o Diário Oficial do Estado, a Lei 24.941, de 2024, que institui em Minas o Julho das Pretas, conjunto de atividades relacionadas à situação das mulheres negras. A norma teve origem no Projeto de Lei (PL) 1.110/23, de autoria das deputadas Ana Paula Siqueira (Rede), Andréia de Jesus (PT), Macaé Evaristo (PL) e da 1ª-vice-presidenta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputada Leninha (PT). A lei determina que as ações a serem desenvolvidas no período devem estar em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial, com o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e com os respectivos planos estaduais e locais da temática. O texto prevê que as ações a serem promovidas pelo poder público e pela sociedade incluam atividades, como: a realização de eventos, campanhas e atividades educativas e produção e divulgação de conhecimentos sobre os direitos das mulheres negras. O Julho das Pretas foi criado em 2013, a partir de iniciativas de combate à desigualdade racial e de gênero, coordenadas pelo Instituto da Mulher Negra (Odara) , organização negra feminista sediada em Salvador. Agora é colocar para funcionar, tendo em vista que a maioria aprovado vira um alvoroço só no dia, depois fica só no papel.
