Denúncias através de emails de forma anônima nos últimos dias sobre possíveis pinturas no teto da Catedral do Divino Espírito Santo, alertaram o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac) que procuram os responsáveis para esclarecer o fato. Levaram o assunto ao conhecimento da Comissão Diocesana de Arte Sacra e à Diocese de Divinópolis. Todos os envolvidos se reuniram na última sexta-feira, quando ficou constatado que não há projeto definido para intervenções na estrutura da Catedral do Divino Espírito Santo, primeira igreja a realizar celebrações em Divinópolis, sendo a referência católica na cidade.
—Uma reunião foi realizada entre o Compac, o bispo Dom Geovane Luís e o vigário geral e coordenador da Comissão Diocesana de Arte Sacra, padre Paulo Sérgio Diniz para esclarecer a situação. Nós chegamos a ir ao local para verificar a veracidade das denúncias, mas constatamos que não houve pinturas— revela o secretário da Cultura, Dinis Borges.
Nota
Após reunião, foi emitida uma nota afirmando que, até o momento, não existe nenhum projeto definido para intervenções na Catedral, especialmente em relação à pintura do teto, que é uma das áreas de maior valor histórico e artístico do templo.
A nota reforça que há estudos arqueológicos para mudanças no teto, a partir das plantas originais do local, e que o achado é uma oportunidade para realizar um estudo detalhado sobre a igreja, levando em conta as legislações municipais de proteção ao patrimônio, bem como trazer a cultura dos séculos passados para os dias atuais.
A Comissão de Arte Sacra e o Conselho esclarecem ainda que qualquer intervenção, restauração ou reforma na Catedral do Divino Espírito Santo só pode ser realizada após uma cuidadosa análise e aprovação pelos Conselhos Diocesanos e pelos órgãos competentes do Município. A intenção, segundo eles, é garantir que todas as obras respeitem a integridade histórica e cultural do templo.
A igreja
A Catedral foi erguida em 1767, a capela mais antiga da cidade. Além de ser a primeira dedicada ao Divino Espírito Santo e a São Francisco de Paula, tornando-se um ponto central de devoção para a população.
No entanto, em 1830, um incêndio destruiu a capela, que foi reerguida quatro anos depois. Infelizmente, a segunda estrutura também foi consumida por um incêndio, o que levou à construção de um novo templo.
Com o passar dos anos e a necessidade de uma edificação maior e mais moderna, a antiga igreja foi demolida em 1958 para dar lugar à atual catedral, que se tornou o principal símbolo religioso da cidade.