As eleições seguem a todo vapor, por todos os cantos. E, por mais que o período faça com que os ânimos se exaltem, é justamente nesta época que o eleitorado Brasil afora deve se manter calmo e se esforçar para analisar com frieza o cenário que o cerca. É nítido e notório que as eleições se tornaram um grande circo com o “boom” das redes sociais. Tem de tudo para todos os gostos. Não faltam discursos e vídeos que apoiam lado A e lado B. Mas, se os brasileiros conseguirem parar um minuto sequer para refletir, se conseguirem tirar o “óculos da paixão”, sem sombra de dúvidas irão enxergar que a política e boa parte dos políticos não tem pena, não tem amor por ninguém. O intuito na verdade é um só: poder e dinheiro. Nada mais do que isso. Raras, raríssimas as exceções de quem se preocupa e consegue trabalhar em prol do povo dentro da realidade, do que se tem e do que se pode fazer. O fato é que no contexto geral, o último dos interesses dos candidatos é trabalhar para a população. Muitos querem estar no poder apenas por estar. Sequer sabem o que farão no Poder Legislativo e no Executivo. Sequer imaginam as obrigações que terão que cumprir ao assumirem uma cadeira, seja na Câmara ou na Prefeitura.
E, é justamente por viver este cenário, eleição após eleição, desde a redemocratização do Brasil, e por ter resultados catastróficos, que o momento exige uma reflexão do povo. Afinal, de nada adianta votar com paixão, e depois ir para as redes sociais cobrar por melhorias. O momento exige sim, frieza e uma análise mais apurada, pois serão mais longos quatro anos pela frente. Um exemplo que os eleitores podem usar é o cenário da política nacional. Como já dito, não preciso ser especialista político, muito menos expert no assunto, basta ter um senso crítico. As eleições municipais em São Paulo capital estão “pegando fogo”. Cada hora um novo discurso. Hora candidato x recebe apoio de “peixes grandes”. Hora esse mesmo apoio se esvai, como areia no vento. Aí vem um novo discurso. E, é nesse “batido” que a política vem funcionando. Seja a nível federal, estadual ou municipal. Não há muita diferença. Seja do lado A ou do lado B. Tudo caminha de acordo com os interesses pessoais de cada um. Apenas isso. O povo, como sempre, é usado apenas como “massa de manobra”, enquanto eles seguem jogando, analisando quem vai, quem fica, quem serve e quem não serve. Qual discurso faz agora, qual é o melhor amor. Quem será descartado, e quem seguirá temporariamente.
O jogo não é tão difícil de ser desvendado, de fazer a leitura. Basta ter um pouco de senso crítico para ver que de fato não há muitas opções. O Brasil está longe de ter representantes que consigam elevar o debate e buscar soluções para os problemas gravíssimos que o país tem. Porém, é possível sim, a partir dessa análise um pouco mais crítica passar a peneira e dar um pequeno passo rumo à evolução. É possível, e extremamente necessário sim refletir sobre o que o cenário oferece para cada cidade, e qual a melhor escolha a ser fazer. Por mais que as opções não sejam as melhores disponíveis, uma reflexão mais apurada é primordial neste momento. Afinal, dia 6 de outubro está logo ali.
