É a pergunta que se faz sobre a qualidade do debate quando apenas duas chapas concorrem à Prefeitura, como é o caso de Divinópolis. Nestas eleições, muito diferente das anteriores, dois candidatos disputam a principal cadeira do Município. Gleidson Azevedo (Novo), candidato à reeleição, duela com Laiz Soares, que foi candidata em 2020 e ficou em terceiro lugar. Voltando aos embates, especialistas acreditam que não, mas uma coisa não se pode negar. Os ataques diretos ou indiretos são mais frequentes e ganham uma notoriedade maior, visto que não há outros concorrentes. Vale lembrar que a ausência dos demais postulantes, não quer dizer que a campanha precise seguir a linha de ataques ao adversário.
423 cidades
Além de Divinópolis, outros 422 municípios de Minas também terão apenas dois candidatos na disputa pelas prefeituras em 2024, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de serem duas pessoas diferentes, os postulantes disputam o voto em uma mesma “arena”, como explica a cientista política e autora do livro Campanhas Políticas nas Redes Sociais (Matrix Editora), Juliana Fratini, em trecho que ilustra reportagem de O Tempo. Segundo ela, no caso, cada localidade tem demandas e contextos específicos, mas que exigem a resolução dos mesmos problemas por parte dos candidatos, embora as propostas englobem as características pessoais, capacidades e musculatura política de cada postulante. Aliás, ponderação excepcional.
Só uma
Ainda conforme os dados do TSE, 41 cidades mineiras registraram apenas uma candidatura na disputa municipal deste ano. Nestes casos, para que os postulantes sejam eleitos, basta que tenham apenas um voto válido, de acordo com as regras eleitorais. É o caso de São Gonçalo do Pará. O atual prefeito Osvaldo Maia Zaquinha (Agir) vai para o segundo mandato sem nenhum concorrente, e para isso, basta seu próprio voto. Será possível que nestes municípios não haja nem mais uma pessoa disposta a fazer algo por eles e seu povo, ou o descrédito na política é o que impede? Se baseando na maioria dos representantes, pode ter certeza que é a segunda alternativa.
De novo
Os acontecimentos do 08 de janeiro, parecem frescos, mesmo mais de um ano após o episódio. Agentes da Polícia Federal (PF) amanheceram nas ruas ontem para cumprir mandados de busca e apreensão na 29° fase da operação “Lesa Pátria” – que investiga pessoas que participaram, financiaram ou incentivaram os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília no ano passado. Na nova investida, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão – todos eles autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os mandados foram cumpridos em Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás e no Distrito Federal. Desta vez, Minas Gerais ficou de fora, mas o Estado segue com diversas pessoas citadas, investigadas e presas. Em Divinópolis, por exemplo, o presídio Floramar abriga alguns, um deles, segundo fontes da coluna, está muito doente. Lamentável.
Segue o embate
E por falar em Alexandre de Moraes, ele está sempre nos holofotes. O mais recente, precisamente desta quinta-feira, é sobre o embate entre o ministro e Elon Musk. O dono da rede social X, publicou uma imagem gerada por inteligência artificial para ironizar Moraes. A postagem, compara o ministro a vilões dos universos de Star Wars e Harry Potter. Lord Voldemort é o principal vilão da série “Harry Potter”, criada por J.K. Rowling. No universo de “Star Wars”, os Sith são uma ordem de guerreiros que seguem o “lado sombrio da Força”. A “vingança” é porque um dia antes, o ministro deu 24h para que Elon Musk nomeie um novo representante legal do X no Brasil. Moraes deu um prazo para o cumprimento dessa exigência e advertiu que, caso a ordem não seja seguida, a rede social poderá enfrentar a suspensão de suas operações no país. Musk pode até perder esta “queda de braço”, mas não está deixando barato.
