Pablo Santos
A confecção em Divinópolis registrou o pior resultado entre os polos pesquisados de Minas Gerais. O Núcleo de Pesquisas do Vestuário (Nupev) do campus 5 do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG) verificou a criação de empregos em cinco polos no território mineiro. Costureira e vendedor foram as funções com maior corte de oportunidades na cidade.
Os polos confeccionistas de Divinópolis, Formiga, Muriaé, Juiz de Fora e Belo Horizonte encerraram oportunidades em maio. O pior desempenho ficou para Divinópolis, com corte de 116 oportunidades no mês passado. Belo Horizonte registrou corte de 24, acompanhada por Juiz de Fora (15) e Formiga (2). A única cidade de Minas Gerais com saldo positivo em maio foi Muriaé, com apenas seis oportunidades criadas.
Dos 116 desligamentos no mês passado, o costureiro na confecção em série foi responsável pelo maior volume de corte de vagas: 20. Já o vendedor de comércio varejista eliminou 16 e o ajudante de confecção, oito.
Encarregado de costura na confecção do vestuário e cortador de roupas tiveram oito e seis vagas, respectivamente, encerradas. O cortador de roupas também fechou cinco vagas formais no mês passado.
Apesar do corte de oportunidades em vários setores da confecção, outras ocupações apresentaram saldo positivo.
A auxiliar de corte abriu 19 vagas no mês passado. Arrumadeira, outras oito.
Costureiro a máquina na confecção em série e operador de máquina de costura de acabamento geraram sete e seis oportunidades com carteira assinada, respectivamente.
Histórico
Em uma década já foram 1,6 mil vagas cortadas nas indústrias da cidade. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), são 921 empresas formalmente constituídas no setor, gerando 4.594 empregos na cidade.
De janeiro a maio, o resultado do emprego no setor confeccionista fechou 73 empregos nas empresas confeccionistas de Divinópolis. Já empresas confeccionistas mineiras abriram 1.811 vagas. Em todo o Brasil foram 18.221 oportunidades formais criadas.
Em Minas, o parque fabril da indústria da confecção é composto por 14,5 mil estabelecimentos e emprega 96,8 trabalhadores.
No Brasil existem 118 mil estabelecimentos da confecção empregando 865 mil trabalhadores, ainda segundo o MTE.