A 26 dias das eleições, separar o joio do trigo nunca foi tão fácil, quanto atualmente. O eleitor só não vai fazer isso se não quiser mesmo. Quanto mais aperta o prazo, mais alguns candidatos mostram seus reais interesses. E, por vezes, representar o povo não é deles. As histórias dos bastidores da política mostram a que ponto alguns chegam nessa busca desenfreada pelo poder. Vale literalmente tudo.
O alerta é nítido. Não é preciso ser um expert em política, basta ter um pouco de senso crítico. O desespero é tanto para chegar ou se manter no poder que alguns candidatos têm se arrastado na lama, sem qualquer tipo de pudor ou responsabilidade com o papel que tem ou terá no Poder Legislativo. É nesse ponto, em que determinadas atitudes são tomadas, que o eleitor tem a “faca e o queijo” na mão para separar o joio do trigo e, quem sabe, fazer boas escolhas para os próximos quatro anos.
Não há como prever se as escolhas feitas no dia 6 de outubro serão as melhores para a cidade, porém é preciso pelo menos tentar. Afinal, é preferível “morrer tentando” do que se entregar de primeira aquele velho discurso do “pior que tá não fica”. Fica! Tudo tem como piorar nesta vida. Se com cada um fazendo sua parte já é difícil, imagina se abrirmos mãos da nossa responsabilidade cidadã.
A corrida está cada vez mais acirrada. Quanto mais ela aperta, mais os bastidores da política local revelam o caráter daqueles que, em frente às câmeras, exibem uma personalidade e, por trás, são completamente diferentes. Vale tudo: puxar tapete, difamar, inventar ou até mesmo esconder material de outros candidatos. São atitudes dessa natureza que tornam os candidatos mais vulneráveis e transparentes sobre suas reais intenções.
De fato, vale tudo mesmo para permanecer no poder? É fato que para o outro lado está valendo tudo, mas do lado de cá vale também? Vale “passar pano” para esses bastidores que estão mostrando tudo o que o eleitor precisa ver? Vale se limitar aos discursos de redes sociais e apenas ao que alguns candidatos querem mostrar? Vale se vender por pouco, tão pouco, e depois ter que pagar uma conta que é cara?
São dois lados da mesma moeda. Se quanto mais aperta a corrida, mais alguns candidatos têm se revelado, mais a responsabilidade de questionar do eleitor aumenta. Vale tudo em época de eleição? E esses questionamentos vão direto à constatação de que o povo deve ter mesmo o político que merece. Afinal, se vale ser desonesto enquanto a corrida aperta, e puxar o tapete de concorrente, então quando eleito valerá muito mais. Claro, se o eleitor fecha os olhos para isso, então, de fato os governantes são apenas o reflexo do povo. O fato é que muita água ainda irá rolar nesses próximos 26 dias, o eleitor só não vai separar o joio do trigo se não quiser. Caráter e intenções estão sendo reveladas, e fica a pergunta: você vai se limitar ao que as telas mostram, ou vai um pouco mais do que os bastidores revelam?
