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IPCA de agosto registra redução 

Habitação, alimentação e bebidas foram fatores determinantes  para a queda 

by JORNAL AGORA

Jorge Guimarães

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, registrou uma queda de 0,02%, marcando o menor índice desde junho de 2023, quando houve um recuo de 0,08%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira.  O resultado representa a primeira deflação de 2024, influenciada principalmente pela queda de alguns alimentos importantes para a composição da cesta básica, como no caso dos hortifrutis. 

Números

No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra uma alta de 2,85%, enquanto nos últimos 12 meses o avanço foi de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados no período anterior de 12 meses. Em agosto de 2023, a variação do índice foi de 0,23%. Dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois apresentaram quedas que influenciaram significativamente o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e Bebidas (-0,44%), contribuindo com -0,08 e -0,09 pontos percentuais, respectivamente. Essas reduções foram essenciais para o comportamento mais contido da inflação no mês.

Por outro lado, o grupo de Educação registrou a maior alta, com um impacto de 0,73%, sendo o principal responsável por contrabalançar as quedas nos demais setores. Outros grupos, como Transportes e Artigos de Residência, também apresentaram altas, mas com variações abaixo de 1%, o que limitou seu impacto na composição final do índice.

Alimentos em queda

A alimentação em casa registrou uma queda de -0,73% em agosto, marcando o segundo recuo consecutivo, após a retração de -1,51% em julho. Esse movimento reflete a redução nos preços de vários itens da cesta básica, como a batata inglesa (-19,04%), o tomate (-16,89%) e a cebola (-16,85%), que foram os principais responsáveis pela queda no índice de alimentos consumidos no domicílio.

Por outro lado, alguns produtos apresentaram alta, com destaque para o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

— Esses aumentos contrastam com a tendência de queda em outros itens, mas, no geral, o recuo dos preços de alimentos essenciais alivia o orçamento das famílias e contribui para o controle da inflação. Essa variação nos preços mostra a dinâmica sazonal dos alimentos e a influência das condições de oferta e demanda no mercado interno — analisa o economista Leandro Maia. 

Estabilidade econômica 

A queda da inflação é um fator fundamental para a estabilidade econômica de um país e para o bem-estar dos consumidores.

— Quando a inflação está controlada, os preços dos produtos e serviços tendem a subir de forma mais moderada, o que preserva o poder de compra das pessoas e contribui para um ambiente econômico mais previsível e seguro. Isso é especialmente importante para o consumidor, que consegue planejar melhor suas finanças e garantir que seu dinheiro renda mais — detalha o economista. 

Para a economia em geral, a redução da inflação traz benefícios de longo prazo, como a atração de investimentos, a melhora da confiança do mercado e o incentivo ao crescimento. Com a inflação baixa, as empresas podem planejar melhor suas atividades, sem o risco constante de aumentos bruscos de custos, o que promove um ambiente de negócios mais favorável.

— Além disso, com a inflação sob controle, o Banco Central pode manter ou até reduzir as taxas de juros, o que facilita o acesso a crédito para empresas e consumidores. Isso estimula o consumo, o investimento e o crescimento econômico. Em suma, a queda da inflação fortalece a economia como um todo, criando um círculo virtuoso que beneficia tanto o setor produtivo quanto o consumidor final — avalia Maia. 

Concorrência 

Aliado a boa notícia, nos últimos dias, os consumidores das regiões dos bairros Santa Clara, Afonso Pena e Bom Pastor estão testemunhando uma verdadeira “queda de braço” entre um novo empreendimento do ramo de hortifrutis e as redes de supermercados locais. A competição acirrada tem favorecido diretamente o bolso dos moradores, que estão se beneficiando de preços mais baixos em diversos produtos.

— Depois da inauguração da nova loja, só estou comprando lá. Muito mais barato em relação às lojas de supermercados. Mas hoje precisei comprar outros itens e, para minha surpresa, vi que os preços de alguns itens estão iguais aos do novo estabelecimento. O que a concorrência não faz. Tomara que essa “guerra” continue para a nossa felicidade — comentou a dona de casa Lúcia Miranda.

A concorrência desempenha um papel essencial na economia, especialmente quando se trata de influenciar a queda dos preços. Quando empresas competem entre si, elas buscam conquistar a preferência dos consumidores, oferecendo melhores produtos e serviços a preços mais atrativos. Essa “queda de braço” entre os estabelecimentos cria um ambiente favorável para o consumidor, que acaba sendo o principal beneficiado.

— Essa disputa entre o novo hortifruti e os supermercados tem gerado um movimento positivo para o consumidor, que agora encontra mais opções e preços competitivos. O efeito imediato dessa concorrência é a queda nos valores de diversos produtos, forçando os estabelecimentos já consolidados a reverem suas estratégias para não perder clientes — frisa o economista. 

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