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‘É hora de resgatar o equilíbrio entre os poderes’, diz Sávio sobre relação entre Congresso e STF

Comissão da Câmara aprovou duas PECs para permitir derrubada de decisões de ministros

by JORNAL AGORA

Da Redação

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira, as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 28/2024 e 8/2021. As votações foram celebradas pelo deputado federal Domingos Sávio (PL). Ele espera que, em breve, seja votada sua PEC, a 50/2023. Todas estão relacionadas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O que foi aprovado?

A PEC 8/2021 limita as decisões monocráticas – aquelas proferidas por apenas um ministro. A proposta, aprovada na comissão por 39 votos favoráveis a 18, proíbe decisões individuais do STF que suspendam leis ou atos da Câmara ou do Senado. 

O texto permite decisões individuais apenas para a suspensão de eficácia de lei durante o recesso do Judiciário, em casos de grave urgência ou risco de dano irreparável, com prazo de 30 dias para o julgamento colegiado após o fim do recesso. 

Por fim, estabelece o prazo de seis meses para o julgamento de ação de declaração de inconstitucionalidade de lei.

Já a PEC 28/2024 autoriza o Congresso a suspender decisões do STF pelo prazo de dois anos. Serão necessários dois terços dos votos na Câmara e do Senado. 

— O STF, por sua vez, só poderá manter sua decisão pelo voto de 4/5 de seus membros — explica a Agência Câmara. 

O texto foi aprovado por 38 votos a 12. 

Agora, as PECs ainda serão analisadas por uma comissão especial antes de seguir para o Plenário.

‘Vitória’

Presente da discussão, Domingos Sávio classificou o resultado como uma “vitória importante da democracia”. Em sua avaliação, algumas decisões monocráticas de ministros têm contrariado a vontade popular. 

— É hora de resgatar o equilíbrio entre os poderes — defendeu. 

Mais PEC

A expectativa do parlamentar é votar, em breve, a PEC 50/2023, de sua autoria. O texto autoriza o Congresso a atuar quando os parlamentares entenderem que o STF ultrapassou “suas atribuições constitucionais”. 

— A proposta, apresentada no ano passado pelo presidente do Partido Liberal em Minas Gerais, prevê que os projetos para anularem decisões do STF precisam ser propostos por 171 deputados e 27 senadores. Para a sua aprovação, precisará de 308 votos na Câmara e 49 no Senado. “Precisamos preservar a nossa Constituição e resgatar o equilíbrio entre os poderes. O STF tem tomado, com frequência, atitudes de usurpar o poder do Legislativo e extrapolar os seus limites constitucionais — afirmou.

A proposta de emenda estabelece ainda que, se aprovada, a anulação será promulgada pelo presidente do Congresso Nacional, passará a valer imediatamente e será comunicada ao STF.

A PEC também reforça a inclusão automática, na pauta dos tribunais, de liminar pedindo que o colegiado analise decisão tomada individualmente. 

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