Ricardo Welbert
O vereador Marcus Vinícius (Pros) fez duras críticas ao fato de um prestador de serviço terceirizado ter tido livre acesso à estação de tratamento de água da Companhia de Saneamento (Copasa) em Divinópolis, onde gravou um vídeo no qual afirma haver fezes em meio ao produto fornecido à população. Conforme o Agora informou ontem, o conteúdo viralizou na web e assustou consumidores.
Após a empresa explicar que as impurezas não eram fezes, mas sim lodo e barro, comuns na etapa do tratamento, o vereador afirmou que o acesso de pessoas não autorizadas ao local coloca a saúde pública em risco.
—Como um cidadão tem acesso livre aos tanques de água daCopasa, faz uma filmagem, posta nas redes sociais e causa um pânico, uma situação social que poderia ter transtornos inimagináveis e irreversíveis? Isso foi um crime? Foi algo irresponsável? A denúncia feita é procedente? Eu ouvi explicações dos técnicos da Copasa. Mas, até então, não recebi documentos. Estou provocando a Copasa na condição de presidente da Comissão de Justiça. Quero ter aceso aos documentos comprovando que a denúncia é improcedente — diz.
O vereador afirma ainda que aguarda laudos químicos da empresa. Até lá, afirma, não se pode estabelecer juízo de valor, mas deve-se perguntar se houve falha no livre acesso.
— Se desta vez foi feita a filmagem, o que qualquer outro cidadão que tiver o mesmo acesso poderia fazer com a água consumida pela população de Divinópolis? – questiona.
CPI
A companhia deverá ser perguntada sobre o assunto durante a próxima sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta no Legislativo para apurar denúncias de irregularidades no abastecimento.
De acordo com o presidente da CPI, Sargento Elton (PEN), o cidadão que fez a gravação já foi identificado como um prestador de serviços ligados ao abastecimento. Ele também deverá ser convocado a comparecer à Câmara para falar sobre o caso.