Flávio Flora
O futuro prefeito de Divinópolis, Galileu Teixeira Machado, 84 anos, demonstrando boa saúde e vitalidade, recebeu a reportagem do Jornal Agora, na tarde de ontem, para uma conversa informal sobre a expectativa de sua vitória nas urnas e na Justiça Eleitoral, a próxima prefeitura (2017-2021) e seus planos iniciais.
Na oportunidade, sentia-se alegre e “aliviado” com a liberação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apesar da certeza que tinha de que, ao final, sua vitória seria reconhecida. Comentou que o fato mais interessante na sua votação foi sem dúvida 58.448 votos e que para sua “feliz” surpresa recebeu muitos deles em locais centrais onde, em outras eleições obteve pouca votação.
Equipe enxuta
Durante a conversa, o candidato eleito elogiou o comportamento dos seus adversários que respeitaram sua vitória e não interferiram no trânsito de suas demandas no judiciário eleitoral. Falando sobre as características de sua nova administração, Galileu destacou que na sua coligação entraram poucos partidos e que seu comprometimento com loteamento de cargos na prefeitura não existiu: “Vou escolher os cargos de confiança, que eu achar mais apropriado para o meu plano político para Divinópolis, mas não vou ultrapassar os limites”.
Também falou sobre a decretação de calamidade financeira por parte do prefeito Vladimir Azevedo, com quem manteve uma conversa sobre a situação do município, recentemente, e acha que “até foi um presente” por criar (em tese) condições para superar a crise onde ela ficar mais intensa, “mas não acredito que esse decreto tenha valor legal para contornar a Lei de Reponsabilidade Fiscal. Para mim ele deu bola fora”.
Sobre a Comissão de Transição, a partir desta quarta-feira, a lista completa dos participantes, que deve ter como coordenador o empresário Fausto Barros, começará a ser definida. Quanto aos seus auxiliares diretos, os secretários e assessores, os nomes só começarão a ser divulgados nos próximos dias após a diplomação.
Ao lado do povão
Nesta conversa informal, ao comentar sobre a nova sede da Prefeitura, no alto da avenida Paraná, Galileu disse que não vai trazer a prefeitura de volta para a rua Pernambuco, mas está “pensando em manter uma extensão do futuro Gabinete no Centro da cidade, até as pessoas se acostumarem com o novo local”.
— Nós fomos eleitos para administrar Divinópolis integral, mas que eu vou pender para o lado do povão, isso eu vou; povão que necessita, realmente, da atenção do poder público. Se for possível vou construir moradias gratuitas, como já fiz; fazer doações de cestas básicas para os mais necessitados (hoje em maior número); rever a possibilidade da Fundação Pró-Humana voltar, pois ela pode canalizar recursos para proteção social, como fazia. Eu sei que há recursos para isso — adiantou Galileu, sobre uma característica de seu governo.
Primeiras obras
Entre as primeiras obras concretas de sua administração, o futuro prefeito disse que vai se empenhar para que o Anel Rodoviário não venha separar a cidade.
— É claro que, depois de sanear as contas municipais, quero me empenhar no viaduto da rua Itamarandiba para facilitar a passagem ao bairro Serra Verde; e vou me empenhar também na construção da trincheira do São Caetano até o trevo do bairro Icaraí. Tenho compromisso com os empresários da ACID de que o acesso ao Centro Industrial é uma prioridade da minha administração — revelou Galileu Machado.
Ao final da conversa, já de saída para uma reunião da equipe, o novo prefeito informou que foi convidado a uma visita ao governo federal, intermediada pelo deputado Newton Cardoso Filho, que deve ocorrer já em janeiro. Disse que nesse encontro, deixará com presidente Michel Temer um pedido de recursos para construir a ponte ligando a região Sudeste, o mais rápido possível.
